Sem pressa
Mauro descarta decidir sobre reeleição em 2021 e critica "políticos profissionais" Governador disse ainda que "tem nojo" de políticos que conversam fiado

O governador Mauro Mendes (DEM) afirmou, na manhã desta terça-feira (31), que não tem nenhuma obrigação de decidir nesse momento se será candidato à reeleição na disputa de 2022. Ele ainda aproveitou para criticar políticos que ficam de “conversa fiada”.

“Eu não sou político profissional, vim para política para trabalhar e entregar resultados. Tem político ai que me dá nojo, é muita conversa fiada, fala muito e não entrega nada. Eu quando estava só cuidando da minha vida, como cidadão, eu tinha nojo desses políticos que ficavam na conversação, prometeção e falação danada. E resultado que era bom não aparecia”, disse o governador em entrevista à Rádio Conti.

As declarações foram dadas após Mendes ser questionado se sua indefinição seria uma estratégia para não disputar à reeleição, assim como em 2016, quando no último momento decidiu recuar da disputa por um novo mandato a frente da Prefeitura de Cuiabá.

“Eu gosto sim de fazer política, mas de fazer a boa política. Eu não sou aquele tipo de político que vai ficar por aí, dando tapinha nas costas, tomando cafezinho e mentindo para Deus e todo mundo. Eu posso bater no peito e dizer que hoje o que está sendo feito em Mato Grosso em nenhum outro Estado está sendo feito. Faço política para sair de cabeça erguida, como eu sai da prefeitura. Não foi estratégia, eu tinha um problema na minha vida pessoal e não podia continuar”, argumentou.

“Política para mim é uma contribuição, não é uma profissão. Por isso que vou decidir só em 2022, eu não tenho obrigação de decidir agora. Tem gente que começa um mandato e já está preocupado com o próximo. O cidadão não quer isso, o cidadão quer ver resultado”, acrescentou o governador.

Ainda no campo político, o governador explicou sua relação com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Ele disse que não vai a Brasília para “puxar saco” e afirma que não adianta brigar com os poderes.

“O presidente Bolsonaro está fazendo o trabalho dele e eu estou fazendo o meu aqui. Não vou pra Brasília ficar puxando o saco de ninguém, eu respeito ele como nosso presidente, não fico por ai brigando com ninguém. Claro que eu passo raiva e engulo seco. Mas eu falo que quando os poderes brigam quem perde é a população”, concluiu Mendes.