RECUO DO PRESIDENTE
Maggi vê bom senso de Bolsonaro: "Todos devem abaixar armas" Presidente voltou atrás após proferir discursos considerados antidemocráticos no dia 7 de setembro
O ex-governador e ex-ministro da Agricultura Blairo Maggi (PP) aprovou a postura do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de recuar do discurso considerado antidemocrático proferido no dia 7 de Setembro, afirmando que no final "prevaleceu o bom senso".
Na ocasião, Bolsonaro proferiu novos ataques ao Supremo Tribunal Federal, incitando a destituição da Corte, e chegou a afirmar que apenas morto sairia do Palácio do Planalto. Nesta quinta-feira (9), em nota, Bolsonaro afirmou que as declarações foram dadas "no calor do momento", e inclusive chamou o ministro Alexandre de Moraes, seu desafeto, de "jurista" e "professor".
Por meio de texto publicado em suas redes sociais, Maggi afirmou que “o sentimento realmente patriota e democrático tocou o coração do presidente”.
“Sempre falei que o caminho é a busca do consenso. Todos precisam abaixar suas armas”, disse.
O ex-ministro afirmou que espera que o presidente “encontre o eixo” para que o País possa finalmente avançar.
“Acho que fica uma lição para todos: ninguém está certo o tempo todo, assim como ninguém está errado o tempo todo. Vamos adiante porque temos um País para recuperar. Hoje durmo feliz”, completou.
Nas últimas semanas Blairo Maggi havia protagonizado uma polêmica com o presidente da Aprosoja Brasil, Antonio Galvan, ao criticar sua postura de usar a entidade para apoiar Bolsonaro. Para Maggi, Galvan poderia manifestar seu bolsonarismo de forma pessoal e não institucional, falando em nome da entidade.
Discurso polêmico
Em discursos diante de milhares de apoiadores na terça-feira (7) em Brasília e São Paulo, Bolsonaro fez ameaças golpistas contra o STF, exortou desobediência a decisões da Justiça e disse que só sairá morto da Presidência da República.
No entanto, dois dias depois, após mediação do ex-presidente Michel Temer, o presidente divulgou nota afirmando que não teve "nenhuma intenção de agredir quaisquer dos Poderes".
"Nunca tive nenhuma intenção de agredir quaisquer dos Poderes. A harmonia entre eles não é vontade minha, mas determinação constitucional que todos, sem exceção, devem respeitar", afirmou o presidente, na declaração.
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