Max cita pressão para AL investigar repasse: “CPI irá a fundo” Produtor rural foi acusado pelo filho de praticar atos ilícitos quando presidiu a Aprosoja
O presidente da Assembleia Legislativa, Max Russi (PSB), afirmou que há uma forte pressão sobre o Parlamento para apurar denúncias de malversação dos recursos do Fethab na Aprosoja.
Ele confirmou que irá convocar o ex-presidente da entidade, Antônio Galvan, que esteve à frente da associação em Mato Grosso entre 2018 e 2020 e atualmente preside a Aprosoja Brasil.
No Estado, a entidade já recebeu mais de R$ 420 milhões de recursos do Fethab, desde a criação do fundo, em 2008.
“A sociedade tem cobrado bastante. Temos que ir a fundo. A cobrança está muito forte em cima do Parlamento para que faça o acompanhamento disso”, disse.
Não sou eu que faço a convocação, mas os membros da CPI já me colocaram que vai ter essa convocação do Galvan e de outras pessoas
A convocação de Galvan será feita pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Renúncia e Sonegação Fiscal.
“Não sou eu que faço a convocação, mas os membros da CPI já me colocaram que vai ter a convocação do Galvan e de outras pessoas, que vão investigar, averiguar. Se não tiver nada [de irregular], ótimo. Se tiver alguma coisa, vai ser apurado e mostrado à sociedade”, afirmou.
Prorrogação de CPI
Segundo Russi, a apuração dos fatos envolvendo a Aprosoja devem resultar, inclusive, na prorrogação da CPI da Sonegação, que tinha conclusão prevista para o próximo mês.
Ele afirmou que os membros da comissão já se manifestaram sobre a necessidade de ampliar os trabalhos por mais seis meses.
“Sou simpático a isso, porque realmente precisamos ir a fundo e eles estão fazendo um trabalho muito bom. Tendo em vista a importância da CPI e os resultados positivos que darão ao Estado, não podemos limitar uma prorrogação por mais um período”, disse.
Escândalo na Aprosoja
Recentemente, Antônio Galvan foi alvo de um mandado de busca e apreensão da Polícia Federal no último dia 20 por supostamente financiar atos violentos e ameaça à democracia.
No mês passado, o filho do produtor rural, Rafael Galvan, o acusou em um grupo de WhatsApp de corrupção na entidade em Mato Grosso, afirmando que ele beneficiou a atual esposa, Paula Boaventura, com um contrato dentro da entidade no valor de R$ 1,5 milhão.
A Aprosoja recebe repasse de receitas oriundas do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab). Um levantamento da Controladoria Geral do Estado (CGE) aponta que, desde 2008, foi repassado à entidade um total de R$ 421 milhões.
As denúncias fizeram com que, na Assembleia, o deputado Valdir Barranco (PT) apresentasse requerimento cobrando a prestação de contas da associação sobre os recursos arrecadados nos últimos 12 meses via Fethab e um projeto de lei para barrar que os repasses sigam sendo feitos pelo Estado.
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