FERROVIA “OLACYR DE MORAES”
Botelho quer nome de Vuolo: “Rumo tem que respeitar história” Modal foi batizado com nome do “rei da soja”, mas parlamentares discordam e citam senador falecido
O deputado estadual Eduardo Botelho (DEM) criticou a decisão da empresa Rumo Logística S/Aem nomear a 1ª Ferrovia Estadual como Olacyr de Moraes, falecido empresário do agronegócio.
Nesta semana a Rumo assinou contrato com Estado para construção e implantação de 730 km dos trilhos da chamada da ferrovia Estadual e a batizou de Olacyr de Moraes. Quando vivo, o empresário foi considerado o rei da soja e um dos responsáveis pelo projeto da Ferronorte.
Botelho, entretanto, defendeu que a ferrovia seja batizada de senador Vicente Emílio Vuolo, também já falecido. Em vida, o senador teve como um das principais bandeiras a ferrovia.
“Não podemos apagar histórias que são construídas. Daqui 40 anos vai vir alguém querer apagar a minha história ou a história de Mauro Mendes? Temos que respeitar e acho que a empresa tem que começar pelo respeito a história de Mato Grosso”, afirmou Botelho.
A troca de nome desagradou também outras entidades e políticos. Por conta disso, corre na Assembleia Legislativa dois projetos que estabelecem o nome de “Ferrovia Estadual Senador Vicente Emílio Vuolo”.
“Eu acredito que a Assembleia tem, sim, poder para colocar o nome. Eu não concordo com essa mudança total de nome. [...] Aqui dentro da Casa a maioria dos deputados apoiam isso. Mais de 13 votos, eu tenho certeza”, afirmou.
Ferrovia Olacyr de Moraes
O nome da ferrovia foi divulgado apenas na segunda-feira (20) quando a Rumo e o Executivo assinaram contrato de concessão.
No evento, o governador foi questionado sobre a mudança do nome, que atribui a empresa e preferiu não polemizar.
“Olha, eu não sei disso não. A empresa que deve ter escolhido isso. [...] Eles [Rumo Logística] apelidaram e eu não entrei nesse mérito. Tem coisa mais importante para mim, como governador, do que mexer com esse negócio do nome", disse.
A Rumo irá explorar a concessão pelos próximos 45 anos, com direito de prorrogação de prazo por tempo igual.
Os de trilhos e terminais que vão interligar os municípios de Rondonópolis, Cuiabá, Nova Mutum e Lucas do Rio Verde. Os custos do modal estão previstos em R$ 11,2 bilhões.
A obra consiste na construção de 730 km de malha ferroviária e conectará Mato Grosso à malha ferroviária nacional em direção ao Porto de Santos (SP).
A expectativa é de que o Terminal de Cuiabá seja concluído até o 2º semestre de 2025 e o de Lucas do Rio Verde, até o 2º semestre de 2028.
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