Governador nega “pecha” de taxador: “Mentem descaradamente” Sem citar nomes, Mendes desafia críticos a listarem impostos aumentados pelo Governo do Estado
O governador Mauro Mendes (DEM) rebateu as críticas feitas principalmente por deputados da oposição nas redes sociais que lhe renderam a “pecha” de taxador e afirmou que a redução de impostos anunciada nesta semana não foi feita como forma de resposta à “publicações mentirosas”.
“Eu não posso agir e tomar decisões em cima de mentiras. São fake news. E hoje é fácil. A rede social é muito cruel. As pessoas inventam mentiras e parece que quanto mais mentirosa é a notícia, mais absurda ela é, mais ela circula”, disse em entrevista à Rádio CBN Cuiabá.
“Quero que as pessoas listem os impostos que eu aumentei. Provem. Elas mentem descaradamente”, acrescentou, sem citar nomes.
Quero que as pessoas listem os impostos que eu aumentei. Provem. Elas mentem descaradamente
Há mais de um ano, Mendes vem sendo acusado de aumentar impostos no Estado.
Ele chegou a responder diretamente, em ocasiões anteriores, publicações feitas pelos deputados Faissal Kalil (PV) e Ulysses Moraes (PSL), por exemplo, em o acusam de criar novos impostos para o setor econômico e de ser o responsável pelo aumento no preço do gás e do combustível.
“Hoje, o cara inventa uma mentira, uma fake news, posta nas redes sociais e aquilo circula muito rapidamente. As pessoas fazem vídeos esculhambando, xingando, aquilo parece que é bonito e as pessoas repostam, passam para a frente. Mas a mentira tem perna curta”, disse.
Redução de impostos
Mendes anunciou, na terça-feira (28), a redução da alíquota de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) cobrada sobre a energia elétrica, gás industrial, telefonia e combustível.
Conforme ele, a medida foi feita com base na situação econômica vivida pela população e após um amplo estudo da Secretaria de Fazenda.
“Só fizemos isso agora porque desde o início trabalhamos com seriedade. Fizemos isso porque cortamos despesas, fizemos planejamento, cortamos benesses fiscais. É um trabalho de dois anos, não é um trabalho de dois meses”, afirmou.
Conforme o anúncio, o ICMS cobrado sobre a energia elétrica, que hoje varia de 25% a 27%, passará a ser de 17%.
A mesma alíquota será cobrada sobre os serviços de telefonia fixa, celular e internet, que hoje variam de 25% a 30%.
A alíquota cobrada sobre o diesel e a gasolina também vai reduzir. Atualmente, o ICMS cobrado sobre o diesel é de 17% e sobre a gasolina, 25%. Com a redução, os impostos cairão para 16% sobre o diesel e 23% sobre a gasolina.
Sobre o gás industrial, a alíquota cobrada passará de 17% para 12%.
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