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Cidades/Geral
Sábado - 02 de Outubro de 2021 às 06:38
Por: Gazeta Digital

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Há 12 anos, a Associação de Trabalhadores Voluntários contra o Câncer de Mama em Mato Grosso (MT Mamma) se dedica ao Outubro Rosa, mês destinado a chamar atenção da sociedade para a prevenção e cuidado do câncer de mama.


A diretora da associação, Adriana Venturoso, conta que procurou o local em um momento de desespero, quando foi diagnosticada com câncer de mama em 2017. Conforme relembra, ela sentiu uma forte cólica menstrual enquanto trabalhava e acabou indo ao médico.


Sem desconfiar e sentir nada, foi informada após exame que estava com câncer. E a história dela é similar de muitas outras mulheres, pois a maioria não percebe os sintomas.

Segundo estudo da Varian Medical Systems, 20% das brasileiras são diagnosticadas nos estágios iniciais, contra 60% das ocorrências nos Estados Unidos nesse período.


“Não sabia o que ia fazer, o que ia acontecer comigo. Nunca imaginei estar aqui. Como qualquer outra mulher, eu estava no meu no dia dia, no trabalho. Jamais fosse pensar que eu ia passar por um câncer de mama”, relata.


Num estágio delicado, Adriana conta que encontrou na associação acolhimento, o que é primordial nessa situação. No caso dela, já veio o pensamento de sentença de morte quando soube de sua condição.


“O que passa na sua cabeça é um atestado de morte, você acha que vai morrer no dia seguinte. Ai você entra na MT Mamma, a gente fala respira... A pessoa vê que são processos que tem que cumprir, vai fazer cirurgia, radioterapia...”, explica.


Muitas mulheres não tem a mesma sorte dela, por exemplo, de receber apoio da família, amigos e cônjuges – muitos homens, inclusive, abandonam as mulheres nessa fase.


“Fui acolhida, bem tratada, recebi muito amor. Uma coisa é falar o que estou sentindo para o meu marido, filha e amigos. Outra coisa é conversar com meus pares, e às vezes, as dores do outro é muito maior do que a da gente. Você vê o outro com muito mais sofrimento, aqui tem muito choque de realidade”, conta.


A pluralidade de histórias que procuram a unidade é o que move a associação. A doença não escolhe idade, raça ou classe social. Inclusive, uma vizinha de apenas 24 anos de Adriana foi diagnosticada com câncer de mama.


Em 2021, a estimativa é de 560 novos casos de câncer de mama apareçam em Mato Grosso, dos quais 160 são apenas de Cuiabá, para cada 100 mil habitantes. No Brasil, há previsão de 66.280 casos novos.


Mesmo tendo chances de sobrevida de mais de 90%, as pessoas procuram por tratamento quando o quadro já está avançado, o que aumenta o custo do tratamento e muitas vezes, a mortalidade.


A associação
Além de poder trocar experiências, as mulheres também dividem a questão da autoestima, como perder os cabelos na quimioterapia. A associação se responsabiliza pela doação de perucas.


“Nós fazemos a mulher vir aqui, fazer um cadastro e recebe um lenço. As que precisam de peruca e não tem condição, nós encaminhamos para um banco de peruca que melhor convém”. Outras atividades são disponibilizadas, como reiki e acompanhamento médico.


Sinais e sintomas
Os sinais e sintomas do câncer podem variar, e algumas mulheres que têm câncer podem não apresentar nenhum desses sinais e sintomas. De qualquer maneira, é recomendável que a mulher conheça suas mamas, e saiba reconhecer alterações para poder alertar o médico.


A melhor época do mês para que a mulher que ainda menstrua avalie as próprias mamas para procurar alterações é alguns dias após a menstruação, quando as mamas estão menos inchadas. Para as mulheres que já passaram a menopausa, o autoexame pode ser feito em qualquer época do mês.





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