Cidinho descarta presidência, mas quer diretório compartilhado As duas siglas se uniram e criaram o União Brasil, que agora começa a definir o comando nos estados

Presidente estadual do PSL, o ex-senador Cidinho Santos afirmou que o diretório do novo partido, o União Brasil, deverá contemplar lideranças tanto do PSL quanto do DEM.

O União Brasil nasceu da fusão das duas siglas.

A criação do “superpartido” foi aprovada por lideranças das duas legendas em Brasília, em convenção nesta quarta-feira (6). Cidinho, o governador Mauro Mendes (DEM), o senador Jayme Campos, o deputado Eduardo Botelho (DEM) e o presidente do DEM de Mato Grosso Fábio Garcia estiveram no encontro.

Na reunião foi criada uma comissão constituidora nacional, que será responsável por deliberar sobre as lideranças que vão compor inicialmente uma comissão provisória, e posteriormente o diretório nos Estados.

Segundo Cidinho, em Mato Grosso o comando do novo partido deve ser instituído em uma reunião que deverá ocorrer nos três próximos meses e não terá “muitos problemas”.

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Fábio Garcia, Mauro Mendes, Cidinho Santos e Eduardo Botelho: União Brasil

“Em um futuro próximo haverá uma reunião entre os dois partidos, que agora é um só, para poder organizar a nossa comissão provisória e depois o diretório. Mas em relação a Mato Grosso, acredito que não teremos muitos problemas”, afirmou.

Nos bastidores, o que se fala é que o comando do União Brasil em Mato Grosso deverá ficar com DEM, já que o partido possui em seus quadros o governador do Estado. Cidinho negou a informação.

“Não tem nada definido, mas também não temos [PSL] objeção e nem rejeição a nenhum nome do DEM. O importante é fazermos um diretório que contemple as forças de ambos os partidos”, afirmou.

Questionado se ele teria interesse em presidir o novo partido no Estado, Cidinho negou.

“Não tenho esta pretensão. Ser presidente de partido requer tempo e dedicação. Eu não tenho esta disponibilidade agora, mas vou ajudar como membro”, afirmou.

Filiados descontentes

A nova sigla enfrentará possível desfiliação em massa de algumas lideranças. A possibilidade se dá porque os deputados estaduais Delegado Claudinei e Ulysses Moraes são oposição ao governo Mendes no Legislativo.

A desfiliação também pode ocorrer com parlamentares bolsonaristas, já que uma das ideias da nova sigla é lançar um nome forte à disputa de 2022.

Cidinho afirmou que abrirá um diálogo com políticos descontes em Mato Grosso.

“Não sabemos ainda sobre debandada. Mas se houver saída haverá substituição”, afirmou.

União pelo Brasil

A partir da criação do “superpartido” será formada uma comissão instituidora, que enviará o processo de fusão ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A expectativa é que o partido seja oficializado pela Justiça até fevereiro e já tenha número nas urnas nas eleições do ano que vem.

O União Brasil nasce com 81 deputados federais e se tornará a maior bancada da Câmara Federal, desbancando o PT que, desde 2010, ocupa o posto.

Em Mato Grosso, o cenário se repetirá e a nova sigla terá também a maior bancada, com seis parlamentares: quatro do PSL e dois do DEM.