“Russi me disse que vai tentar permanecer; e é um direito dele” Deputado aguarda decisão do STF e diz que vai reassumir o cargo se houve decisão favorável
Primeiro secretário da Assembleia Legislativa, o deputado Eduardo Botelho (DEM) negou que esteja travando uma guerra jurídica com o atual presidente da Casa, Max Russi (PSB), a fim de retornar ao cargo que ocupou até fevereiro deste ano.
Em entrevista à Radio Conti, o democrata chegou a afirmar que quando o Supremo passou a discutir a possibilidade de recondução dele à Presidência, Russi o procurou e afirmou que tentaria permanecer no cargo, o que Botelho vê como legítimo.
“Não há rixa nenhuma com Max Russi, e se tivesse eu falaria. Não sou capaz de guardar nada de ninguém. Essa questão da presidência não vai adiantar eu brigar ou não com o Max, porque isso não vai resolver. Quem resolve é o Supremo. Não tem briga, não tem discussão”, afirmou.
Não há rixa nenhuma com Max Russi, e se tivesse eu falaria. Não sou capaz de guardar nada de ninguém
“O Max inclusive me disse: ‘Vou atrás para tentar permanecer, posso?’. Falei que sim, porque é um direito dele. Pode e deve ir. Ele foi e está tentando”, completou.
Mas Botelho ponderou que, se a Suprema Corte determinar o seu retorno, não se furtará a retornar ao cargo.
“Vou reassumir porque é um direito meu e fui eleito pela grande maioria dos deputados. Inclusive o Max Russi votou em mim para presidente”, disse.
Sem comparação com Riva
Questionado se a sua permanência na presidência do Legislativo se daria pelas benesses do poder e não resultaria no aparecimento de um novo José Riva – em referência ao ex-parlamentar que mandou na Casa por 20 anos –, Botelho veementemente negou.
O democrata disse que foi o gestor que acabou com todas as benesses no Parlamento e iniciou a política de economia e devolução de dinheiro ao Executivo, além de ter incentivado a aprovação do projeto que impede a reeleição de presidente e primeiro secretário na mesma legislatura.
“Ali não tem nada mais disso. Não tem compra de Mesa, não existe mensalinho, compra de voto, nada. O que existe são discussões. O Parlamento cresceu muito”, disse.
“Hoje, na Assembleia os projetos são amplamente discutidos e debatidos. Não existe mais nada feita às escuras. Então não me comparem com a situação que tinha no passado com Riva”, afirmou.
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