Sem conseguirem navegar, barcos estão parados há três meses em Cáceres (MT) Cidade conhecida como princesinha do Pantanal é exemplo da situação da seca na região.
Com apenas 26 centímetros de profundidade, o Rio Paraguai está com embarcações paradas há três meses, na cidade de Cáceres (220 km). Esta é a menor marca desde 1965.
Segundo os pilotos de barco que se arriscam a passar a ponte sobre o Rio Paraguai fica encalhado. O barqueiro William Sebalhos conta que as dificuldades são por conta dos bancos de areia.
“Aumentaram muito os bancos de areia, o rio assoreou muito e não consigo navegar com tranquilidade e segurança. Corro risco de ficar encalhado porque está muito seco e não está tendo como trabalhar”, disse.
William afirma que no ano passado o volume de água foi muito maior que o registrado neste ano.
Já foram registradas as primeiras chuvas da temporada, mas elas não foram suficientes para mudar a realidade da região.
Sobre o assunto, nós conversamos com o professor de Recursos Hídricos da UFMT, Ibraim Fantin. Ele disse que a recuperação dentro da bacia não acontecerá em 2021.
“As condições desta seca extrema dos últimos dois anos não nos permite. Nós precisamos de dois a três anos de chuvas dentro do normal para que haja uma normalização dos níveis. Não só no Rio Paraguai, mas nos tributários que alimentam e precisam de chuva para que se recomponha”, afirmou o professor.
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