Conjecturas
Senador admite diálogo com grupo de Mauro para buscar a reeleição Wellington Fagundes destacou boa relação com todos os grupos e seu perfil municipalista
A fusão do DEM com o PSL aprovada em convenções na última quarta-feira (6), em Brasília, é a “bola da vez” no meio político, amplamente comentada com certa preocupação por detentores de mandatos eletivos que vão buscar a reeleição no pleito de 2022. A nova legenda, chamada de União Brasil, com o número 44, será a maior sigla de Mato Grosso.
Para o senador Wellington Fagundes (PL), que buscará a reeleição no próximo ano e enfrentará um acirrada disputa, principalmente contra o grupo do governador Mauro Mendes (DEM) que já tem um representante no Senado e tentará garantir outra vaga, a fusão dos dois partidos vai ter reflexos diretos e imediatos no pleito eleitoral.
“Em Mato Grosso esse partido é união de duas forças grandes. Se torna o maior partido hoje do Brasil e com certeza temos que saber o caminho que o próprio partido tomará. Hoje se fala numa eleição muito polarizada e essa proposta é pra uma terceira via, isso vai configurar. Então, a eleição como é vinculada, tem uma eleição para presidente da República, acaba influenciando também em todos os Estados. Aqui em Mato Grosso, sem dúvida nenhuma”, comentou Fagundes.
Diante da fusão dos dois partidos que beneficia o grupo do governador, do qual Fagundes não faz parte, ele foi questionado se isso diminui suas chances na busca por um segundo mandato como senador. E, fazendo jus de ser um político habilidoso que “tenta ficar bem com todos”, ele respondeu que a estratégia é ampliar as conversas. “Eu sempre fui do diálogo, falo sempre que não sou de briga, sou de trabalho, sou de resultado. Na política quando age com radicalismo dificulta o diálogo”, colocou.
Wellington Fagundes ponderou que em sua trajetória política sempre procura manter esse diálogo, principalmente depois que foi eleito senador no pleito de 2014 e tem realizado um trabalho municipalista. Antes disso, ele foi eleito deputado federal por seis mandatos.
“E como municipalismo a gente tem que conversar com o Governo Federal, Governo do Estado, independente de posição ideológica. As eleições serão no ano que vem e acredito que aquele que estiver melhor posicionado, que a população perceber que está melhor intencionado, com certeza terá mais oportunidade”, ponderou.
CENÁRIO NACIONAL
Em âmbito nacional um dos nomes aventados como possível candidato do grupo é o do ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM). Porém, no momento tudo não passa de conjecturas, uma vez que dentro do próprio Democratas há filiados que não acreditam na capacidade de Mandetta de viabilizar sua candidatura.
Além disso, durante um encontro realizado em São Paulo na última quinta-feira (7), três dos pré-candidatos à 3ª via nas eleições presidenciais de 2022 – Mandetta, Eduardo Leite João Doria, ambos do ninho tucano, respectivamente governadores do Rio Grande do Sul e São Paulo, prometeram recuar e dar apoio ao que tiver maior chance de emplacar na disputa.
Sobre a fusão do DEM e PSL, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ainda precisa aprovar a nova sigla. Liderança democratas acreditam que o processo de fusão leve três meses para ser analisado pelos ministros da Corte Eleitoral.
Comentários