Climão
Botelho diz que não vai ficar batendo boca pela presidência
Já não é novidade que a relação entre o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Max Russi (PSB) e o primeiro-secretário, Eduardo Botelho (DEM), não anda muito boa. O clima entre os dois deputados azedou diante do julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) no Supremo Tribunal Federal (STF), que pode reconduzir Botelho ao comando na Casa de Leis.
Na sessão plenária da última quarta-feira (13), o Democrata, que nunca se limitou a comentar sobre qualquer tipo de pauta com a imprensa, afirmou que não gostaria mais de falar sobre o assunto e ainda enfatizou que não ficaria batendo boca pela presidência".
"Ele já fez a posição dele e eu já fiz a minha, não vou pelemizar isso. Se a gente a ficar nesse bate-boca, não vamos virar nada. Precisamos tocar as coisas aqui e isso não é algo produtivo para a Casa", disparou.
Na semana passada, o ministro Gilmar Mendes devolveu a ADI ao plenário virtual do STF para que outros ministros possam votar. O julgamento será retomado no dia 22 e será concluso no dia 3 de novembro, de maneira virtual. Mendes manteve o voto que favorece o retorno de Botelho à presidência da Assembleia.
De outro lado, Russi, que tem se movimentado para permanecer na cadeira que ocupa atualmente, utilizou a Procuradoria da Casa de Leis para ingressar com outra ADI e se defender na Suprema Corte.
Apesar de evitar polemizar a questão, Botelho reiterou suas críticas à manobra de Russi e colocou que não gastaria energia com a discussão porque não seria produtivo ao parlamento.
"Agora vamos aguardar o julgamento. Eu combinei com ele [Max Russi] que não vou mais discutir esse assunto e vou esperar o resultado. Já coloquei que não concordava, que deveria ter discutido com a Mesa Diretora e com o plenário. Não quero ficar mais falando disso, porque não é produtivo para a Casa, acabou, assunto encerrado", finalizou.
Dança das Cadeiras
Max Russi assumiu a presidência da ALMT após a última eleição da Mesa Diretora ser suspensa por determinação do ministro Alexandre de Moraes, que concedeu liminar numa ADI impetrada pelo Partido Rede Sustentabilidade. Com isso, foi determinada a realização de nova eleição, na qual Max Russi foi eleito presidente e Botelho ficou com o cargo de primeiro-secretário.
No entanto, o tema voltou a ser tema de discussão no STF e ainda precisa ser apreciado por 7 ministros para saber se Russi permanece na presidência ou se Botelho retorna ao comando do Legislativo.
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