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Cidades/Geral
Quarta - 27 de Outubro de 2021 às 06:16
Por: Joanice de Deus/Diário de Cuiabá

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Vicente Aquino
Hospital Municipal de Cuiabá (HMC) - Dr. Leony Palma de Carvalho
Hospital Municipal de Cuiabá (HMC) - Dr. Leony Palma de Carvalho

Atualmente, pacientes de municípios do interior de Mato Grosso ocupam 40,9% dos leitos de enfermaria adulto e pediátrica, das unidades de terapia intensiva (UTIs) adulto e pediátrica e do Centro de Tratamento de Queimados (CTQ) do Hospital Municipal de Cuiabá Dr. Leony Palma de Carvalho (HMC). Isso sem contar as pessoas que demanda pelo serviço de urgência e emergência ofertado pela unidade hospitalar pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

A informação é da Prefeitura da Capital, com base em um senso realizado no sábado (23). Até então, o HMC conta com 90 pacientes vindos de 44 municípios do interior do Estado. Entre eles, Várzea Grande (15 pacientes), Diamantino, Tangará da Serra, Rosário Oeste (5 pacientes cada), Brasnorte (4 pacientes), Arenápolis, Barra do Bugres, Rondonópolis, Sapezal e Sinop (3 pacientes cada).

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), desde o início da pandemia do coronavírus, o HMC tem atuado em seu limite máximo de capacidade, atendendo a pacientes de Cuiabá, do interior e, por vezes, até mesmo de estados vizinhos, uma vez que o sistema de saúde ficou voltado majoritariamente para casos da Covid-19 e o HMC tem mantido os demais atendimentos.

Por meio da assessoria de imprensa, o diretor da Empresa Cuiabana de Saúde Pública (ECSP), que administra o HMC, Vinícius Gatto, afirmou que, mesmo não sendo o fluxo regular, por vezes o HMC tem recebido demandas de porta aberta. “É corriqueiro chegar à porta do novo pronto-socorro ambulâncias que vêm do interior com pacientes que sequer foram encaminhados pela Central de Regulação Estadual e que não conseguiram atendimento em suas cidades de origem. Para não negar atendimento e salvar vidas, recebemos essas pessoas que precisam de ajuda”, afirma.

O diretor destaca ainda que há seis pacientes internados no HMC que já poderiam ter voltado para suas casas, o que não foi possível pois estão à espera do serviço de home care, de responsabilidade do governo estadual. “Enquanto esses pacientes não são liberados, a admissão de novos pacientes na internação fica prejudicada e muitos pacientes ficam aguardando na urgência e emergência, mas sempre recebendo toda a assistência”, disse.

Em relação a esses pacientes, segundo ele, a equipe gestora do HMC entrou em contato com os reguladores da Central de Regulação do Estado neste final de semana, inclusive, convidando-os para verificar in loco a realidade e encontrar uma solução conjunta. “Depois dessa interlocução, dois pacientes já estão sendo encaminhados para o serviço de home care”, afirmou.

Desde 2019, até a segunda semana de outubro de 2021, o HMC realizou 106.968 atendimentos, sendo 56.355 de urgência e emergência, 33.593 no ambulatório, 14.993 nas internações e UTIs, 407 no Centro de Tratamento de Queimados (CTQ), 2.027 no setor de Pediatria. Também foram realizados 13.465 cirurgias e 1.123.191 exames, entre outros.

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) afirma que o HMC tem oferecido serviços de qualidade, mesmo sem contar com o cofinanciamento do Governo do Estado. “Somente no último 29 de setembro é que a Comissão Intergestores Bipartite (CIB) aprovou a pactuação de 40 leitos de UTI adulto no HMC”, destacou.

Antes disso, ainda segundo a assessoria, a Prefeitura de Cuiabá é que vinha custeando toda a estrutura, contando apenas com aporte da União, ao passo que o financiamento deveria ser tripartite, ou seja, federal, estadual e municipal. A reportagem do DIÁRIO procurou a Secretaria de Estado de Saúde (Ses-MT) para tratar sobre o assunto, mas não obteve um posicionamento até o fechamento desta matéria.





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