"Liberou geral"
Fiocruz pede cautela em flexibilizações em Mato Grosso
O pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Diego Xavier, defendeu que as autoridades mantenham cautela na flexibilização das medidas de enfrentamento ao coronavírus em Mato Grosso. Durante entrevista ao programa Tribuna (rádio Vila Real, 98.3 FM), Xavier destacou que os gestores precisam estar atentos a taxa de infecção para evitar surpresas e uma nova onda de contágio.
"A preocupação que a gente tem está relacionada as flexibilizações sem a avaliação. A gente tem visto não só em Cuiabá como no Brasil todo uma flexibilziação sem o devido cuidado em relação ao aumento ou não dos casos. É preciso saber onde a doença ainda está circulando para que não tenha surpresas lá na frente", disse na última quarta-feira (27).
No começo de outubro, o governo do Estado editou novo decreto revogando várias medidas de enfrentamento contra a covid. O único item que continuou em vigor foi uso obrigatório da máscara, inclusive para pessoas que já estejam Imunizadas.
Já nesta semana, a Prefeitura de Cuiabá suspendeu o toque de recolher e retirou o limite de horário de todas as atividades econômicas noturnas como boates, bares, restaurantes, conveniências, entre outros. Todas as atividades devem continuar respeitando as medidas de biossegurança como limitação de 80% da capacidade máxima do local, disponibilização de álcool 70% ou produtos similares para higienização.
Segundo o pesquisador, apesar da vacinação ter avançado, é necessário ter cuidado com o afrouxamento dos decretos para não haver uma nova subida nos casos. "A vacinação avançou bastante. A gente tem visto esse processo de flexibilização principalmente em países da Europa e da Ásia, mas infelizmente também percebemos um novo aumento de casos grave onde o afrouxamento foi feito aceleradamente", complementou.
Diego ponderou ainda que a flexibilização deve ser feita em etapas. Ele também destacou que diante do controle da infecção será possível abrir mão até das máscaras em ambientes abertos e fechados. "Todo o processo de flexibilização tem que ser pausado e com cautela. O uso de máscara, por exemplo, o ideal seria liberar primeiramente em espaços abertos para depois avaliar liberar em locais fechados", finalizou.
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