Sesp: “Policial não discute se vai querer; se tiver ordem, vai usar” Bustamante diz que há discussão nacional para implantação padronizada em todos os estados

O secretário de Estado de Segurança Pública (Sesp), Alexandre Bustamante, afirmou que estão adiantadas as discussões para implantação de câmeras nas fardas dos policiais que atuam em Mato Grosso. Segundo ele, a tropa não deverá resistir ao uso se houver uma determinação para tanto.

“Policial não discute muito se vai querer. Se tiver uma determinação para usar, vai usar”, disse.

Conforme Bustamante, a ideia é que a medida seja adotada por todos os estados de forma padronizada, segundo portaria do Ministério da Justiça. Atualmente, apenas São Paulo, Rondônia e Santa Catarina fazem uso de câmeras em fardas, e cada um segue uma normativa própria.

Se a gente verificar, muitas vezes são questionadas as ações de polícia, e as imagens não serão mais questionadas

A discussão está sendo realizada no Colégio Nacional de Secretários de Segurança Pública e visa uniformizar o comportamento tanto entre as forças federais como estaduais, definindo, por exemplo, como será o armazenamento das imagens e por quanto tempo, quem terá acesso a elas e em que momento as câmeras serão usadas.

“Serão usadas somente durante cumprimento de mandado? Que forças vão usar essas câmeras? Bombeiros vão usar? Polícia Federal vai usar? Polícia Rodoviária Federal? Em que momento? Então, toda essa discussão está sendo feitas a nível nacional”, exemplificou.

“Tem estados usando há mais tempo feito, mas são procedimentos diversos. Daqui a pouco, se não organizar, a gente se perde nessas 27 unidades da federação”, disse.

Segundo o secretário, apesar de não ter data marcada para ser implantado em Mato Grosso, o projeto anda “a passos largos” e o Governo já iniciou os procedimentos para a compra dos novos equipamentos.

Mais segurança para a tropa

De acordo com Bustamante, a adoção de câmeras nas fardas é um pedido que partiu das próprias forças de segurança e não visa punir os policiais ou atrapalhar o seu trabalho.

“É simplesmente também pra dar qualidade ao trabalho do policial. Se a gente verificar, muitas vezes são questionadas as ações de polícia, e as imagens não serão mais questionadas. Eu acredito muito na qualidade dos nossos profissionais”, disse.