Foragido da Operação 'Cupincha' se entrega à Polícia Federal Polícia diz que R$ 100 milhões de recursos da Saúde abasteceram o esquema ilegal.
O último foragido da Operação Cupincha, o empresário Liandro Ventura da Silva, se entregou nesta quinta-feira (4) à Delegacia de Repressão a Corrupção e Crimes Financeiros (Delecor). Ele se entregou acompanhado por um advogado e será ouvido ainda nesta quinta.
As investigações apontam o envolvimento dele com o esquema movimentou mais de R$ 100 milhões em contratos com a Saúde de Cuiabá.
Segundo as investigações, Liandro é proprietário da empresa Ventura Prestadora de Serviços Médicos Hospitalares. Empresa que prestou serviços para a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e que estaria envolvida no esquema.
Liandro é investigado na Operação Cupincha, que apura corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo o desvio de recursos públicos da Saúde, é o sócio de uma cervejaria em Cuiabá.
Polícia Federal ouve o último foragido da Operação Cupincha — Foto: Reprodução
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Liandro era 'laranja' em cervejaria
Ele será ouvido pelo delegado, na presença de sua defesa. Após o interrogatório, Liandro será conduzido a uma unidade prisional.
O caso
A Polícia Federal realizou no dia 30 de outubro a Operação ‘Curare’, segunda fase da Operação 'Cupincha', contra uma organização criminosa investigada pelo envolvimento em fraudes em contratações emergenciais e recebimento de recursos públicos em Cuiabá.
Segundo a PF, a atuação do grupo investigado se concentra na prestação de serviços especializados em saúde em, especialmente em relação ao gerenciamento de leitos de unidade de terapia intensiva exclusivos para o tratamento de pacientes acometidos pela Covid-19.
Por decisão judicial foram afastados secretário de Saúde de Cuiabá, Célio Rodrigues, e o interino da Secretaria de Gestão, Alexandre Beloto.
Afastamento do prefeito e prisão de chefe de gabinete
Em 19 de outubro, o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), foi afastado da função por ordem da Justiça e o chefe de gabinete da prefeitura, Antônio Monreal Neto, foi preso temporariamente, também por fraudes na Saúde.
A determinação se deve à investigação de suposta organização criminosa voltada para contratações irregulares de servidores temporários na Secretaria Municipal de Saúde. As apurações indicam que a maioria das contratações foi feita para atender interesses políticos do prefeito.
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