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Quinta - 11 de Novembro de 2021 às 20:51
Por: Cíntia Borges/Mídia News

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Mayke Toscano/Secom-MT
O governador Mauro Mendes:
O governador Mauro Mendes: "Muita falação para pouca ação concreta"

O governador Mauro Mendes (DEM) rebateu ativistas que criticaram a falta de efetividade nas propostas discutidas na Cúpula do Clima (COP-26), que ocorre em Glasgow, na Escócia. Mendes esteve no encontro nos primeiros dias de novembro.

A desaprovação do evento que tomou maior notoriedade foi da ativista sueca Greta Thunberg, segundo a qual a COP-26 é uma "celebração de duas semanas, para lavar sua consciência, e tudo continua igual".

Para Mendes, as críticas não passam de “conversa fiada” e “muita falação”.

“A frase deles vale para eles mesmos: muita falação para pouca ação concreta. Me dá o que esses ativistas fizeram concretamente para a pauta do meio ambiente?”, questionou.

“Eu não posso falar por outros estados, nem outros países, mas o que eles falaram referente a Mato Grosso, aí sim é conversa fiada, porque aqui tem muita ação concreta de preservação e muito ativo ambiental preservado”, completou.

A declaração foi dada na entrevista coletiva em que Mendes fez um balanço da partição da comitiva de Mato Grosso na COP-26.

Mendes lembrou ainda do objetivo do Governo do Estado – e anunciado na COP-26 – de neutralizar as emissões de carbono até 2035.

“Agora, aqui no Estado de mato Grosso, te darei um exemplo, de que a queda do desmatamento já gerou [redução de] 1 bilhão de toneladas de emissão de carbono. É uma ação concreta, mensurada, quantificada, e está na rédea para que Mato Grosso possa receber recursos em função dessa meta atingida”, afirmou.

A secretária de Estado de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti, afirmou que a Cúpula do Clima não é um evento para dar soluções imediatas aos problemas climáticos do Mundo.

“Farei uma provocação um pouco mais ampla: será que eles entendem o que é a COP? Porque a COP é um espaço em que os países mostram o que têm feito e discutem alternativas. E a partir dessa discussão, as coisas continuam”, emendou

“Esperar que a COP faça um monte de compromissos naquele momento é esperar algo que não faz parte do objetivo do evento”, completou.

Reciprocidade ambiental

No evento, uma das principais bandeiras defendidas pelo governador foi a chamada “reciprocidade ambiental”. Ou seja, que os países ricos cumpram as mesmas exigências ambientais que cobram do Brasil e de Mato Grosso.

“Temos que exigir que os produtos vindos dos países ricos também sigam as mesmas normativas e os mesmos compromissos ambientais que exigem de nós, pois eles são grandes poluentes, usam muito os combustíveis fósseis, e também precisam colaborar”, afirmou.

De acordo com o governador, o Brasil precisa sair da posição de “patinho feio”, pois tem grandes contribuições na preservação.

Mato Grosso, por exemplo, é o maior produtor de alimentos do Brasil e um dos maiores do Mundo, e mesmo assim ainda mantém 62% do território preservado e outros 6% em recuperação.

“Conversei com alguns produtores da Europa e lá eles usam muitas vezes até 80% da área para produção. Eles não têm leis rígidas como nós. E eu desafio alguém a apontar outra região no Mundo que produz tanto e preserva 62% do território, que é o que Mato Grosso faz”, citou.





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