Mulheres promovem roda de conversa no Dia da Consciência Negra em MT A conversa vai debater sobre a saúde física e mental dos povos de terreiros e a inserção de mulheres negras no sistema político brasileiro.
Mulheres do Instituto de Mulheres Negras de Mato Grosso (Imune) promovem, em Cuiabá na semana que antecede o Dia da Consciência Negra (20) duas rodas de conversas para discutir sobre a saúde dos povos de terreiros e a inserção de mulheres negras no sistema político brasileiro.
Os eventos ocorrem nesta segunda-feira (15) e na terça-feira (16) na sede do Centro Cultura Casa da Pretas, que fica na Praça da Mandioca, no Centro Histórico de Cuiabá.
Na segunda, representantes nacionais da Rede de Saúde Afrodescendente (Renafro) vão fazer parte da roda de conversa para discutir a saúde física e mental dos povos de terreiros, e como isso se dá no cotidiano e na vivência dos religiosos em seus templos.
De acordo com o Instituto de Mulheres Negras de Mato Grosso (Imune), em Cuiabá há uma tradição muito forte das religiões de matriz africana na capital mato-grossense. Existem mais de 450 terreiros de Umbanda espalhados pela cidade.
Segundo o Imune essas pessoas frequentemente são alvos de intolerância religiosa e a roda ainda vai debater o motivo das autoridades não investigarem devidamente os ataques de intolerância que ocorrem nos terreiros e contra os praticantes.
A roda de conversa contará com a participação de Mãe Baiana, coordenadora nacional da Renafro; Ya Marcia Ogum, da Renafro Bahia; e Ya Cristina, da Renafro de São Paulo.
Além da Mãe Jussia de Ndandalunda, e Mãe Nilce Ornice.
Onirce Santana de Arruda vai participar do debate sobre os terreiros de Cuiabá — Foto: Assessoria/Casa das Pretas
Já na terça-feira (16) o bate-papo segue para falar sobre as mulheres negras no sistema político brasileiro.
A conversa tem o objetivo de pensar em políticas e ações dos movimentos sociais que preparem e estimulem as candidaturas de mulheres negras.
O debate contará com Lindinalva de Paula, gestora de Projetos Sociais no Nordeste e integrante da Rede de Mulheres de Terreiros no Brasil; e Lindinalva Silva, presidenta do Afoxé Filhos do Congo e coordenadora de Patrimônio e Cultura da Casa da Mulher Negra da Bahia.
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