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Quinta - 18 de Novembro de 2021 às 18:20
Por: Da Assessoria

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As bases de segurança e confiança no uso das vacinas contra a covid-19 no Brasil foram tema de seminário promovido pela Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde. A coordenadora da Câmara Técnica de Doenças Raras do CFM, Natasha Slhessarenko, representou a autarquia no evento, que reuniu sociedades científicas e conselhos de classe.

O encontro teve como objetivo aprimorar a divulgação de informações sobre a segurança dos imunizantes disponíveis e ampliar o engajamento dos profissionais de saúde nas ações de farmacovigilância. A conselheira destacou a importância desse trabalho no atual momento, em que bilhões de pessoas são vacinadas, em todo o mundo. “Nunca se vacinou tantos indivíduos ao mesmo tempo. Sendo assim, é aceitável que muitos efeitos adversos sejam observados. As vacinas são dispositivos imprescindíveis para a eliminação, controle e erradicação de doenças.”

O seminário promovido pelo Ministério discutiu a confiança e a segurança das vacinas contra a covid e chamou atenção para a divulgação de informações falsas sobre os imunizantes, muitas vezes anunciados como experimentais. “As quatro plataformas de vacinas disponíveis no Brasil, Coronavac, Pfizer, Janssen e AstraZeneca já foram aprovadas na Anvisa. Pfizer e AstraZeneca contam com o registro definitivo e Janssen e Coronavac têm aprovação emergencial, ou seja, nenhuma delas são vacinas experimentais. Esse é um conceito que precisamos divulgar e deixar bem claro”, ressaltou a conselheira, especialista em pediatria e patologia clínica.

Importância da vacinação – Quanto à ocorrência de eventos adversos como a de miopericardite, registrados por imunizados que receberam a vacina da Pfizer, a conselheira enfatiza que os casos são mais prevalentes entre adolescentes masculinos, após poucos dias da 2ª dose. O sintoma predominante é a dor ventilatório-dependente, que ameniza com a posição de “prece maometana”, ou seja, com a inclinação do tórax para a frente. O achado de derrame pericárdico não é sinal de pericardite, é necessário ter espessamento pericárdico. Relata que o Brasil concentra 6% dos eventos adversos dessa vacina em todo o mundo. Na grande maioria dos casos a evolução foi satisfatória. Outro efeito adverso muito temido é a Síndrome de Trombose com Trombocitopenia relacionados a vacina AstraZeneca que ocorrem mais em mulheres após a 1ª dose.

Na avaliação da médica, a ocorrência desses eventos adversos é temível, mas reforça: “os benefícios são muito maiores que os riscos, a população deve-se vacinar. Enfatiza que a vacina para covid não é esterilizante, ou seja, não impede que se pegue ou que se transmita a doença, mas evita as formas graves. Evita que o paciente seja internado, intubado, tenha as formas graves e evolua para o óbito”.

Para superar essa dificuldade na comunicação à população, o Ministério da Saúde promoveu o seminário e também vai buscar melhorar a comunicação com a sociedade. A importância da capilarização do conhecimento, com respostas rápidas e condutas padronizadas fazem parte das ações que Bio-Manguinhos/Fiocruz está à frente. Nesta semana foram divulgados cinco vídeos na plataforma do Youtube de Bio-Manguinhos/Fiocruz sobre os eventos adversos graves, incluindo miocardite, segurança das vacinas de covid, eventos neurológicos graves pós vacina, dentre outros.





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