O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região afirmou nesta terça-feira que, caso a General Motors (GM) concretize a ideia de realizar uma demissão em massa, cerca de 15,5 mil empregos seriam eliminados da cidade, localizada no interior de São Paulo.
De acordo com um estudo do Dieese - que serve da base para a afirmação do sindicato - a cada emprego direto eliminado pela GM, outros 6,75 indiretos seriam fechados. A expectativa é que a montadora corte cerca de 2 mil empregos na linha de montagem de São José dos Campos.
"Esses números confirmam a gravidade da situação vivida hoje na cidade. É inaceitável que o governo federal continue com essa postura de minimizar as demissões na GM. Este não é um problema pontual. Ao contrário, faz parte de uma política de reestruturação da montadora em todo o mundo e que tem de ser freada", afirmou em nota o secretário-geral do Sindicato, Luiz Carlos Prates, o Mancha.
Mais cedo, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que a GM está com saldo positivo na geração de empregos e que não cabe ao governo tratar de problemas localizados na companhia. "Há problemas localizados em São José dos Campos. Não cabe ao governo entrar nos detalhes, é (um assunto) da organização interna da empresa", afirmou o ministro.
O ministro da Fazenda se reuniu nesta manhã com o diretor de Relações Institucionais da GM, Luiz Moan, para pedir esclarecimentos sobre ameaças de demissões na fábrica da montadora em São José dos Campos (SP). Após o encontro, Mantega disse que a GM comprovou geração de emprego desde que a redução do IPI foi adotada, no fim de maio.
"O que nos interessa é que GM tenha saldo positivo e esteja contratando, e isso está sendo cumprido", concluiu Mantega.
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