Botelho vê secretários favorecidos em disputa: “Poder da caneta” Deputados estaduais pediram exoneração de pretensos candidatos até dezembro; Mendes negou
O deputado estadual Eduardo Botelho (DEM) rebateu o correligionário, secretário de Saúde Gilberto Figueiredo, e afirmou que vê em vantagem os membros do staff do Governo que serão candidatos em 2022, em razão de eles terem o “poder da caneta”.
“Ele é Executivo e deputado é parlamentar, não tem a força da caneta. São situações diferentes”, afirmou o deputado.
“[Quem tem cargo no Executivo] sempre é favorecido, porque o cara está em evidência, está trabalhando e mostrando serviço, tem o poder da caneta, de uma forma ou de outra”, completou.
Ele é executivo e deputado é parlamentar, não tem a força da caneta. São situações diferentes
Na semana passada, Figueiredo confirmou sua candidatura e disse que, apesar dos deputados da base terem pedido ao governador Mauro Mendes (DEM) para exonerar até dezembro os secretários que irão encarar as urnas no próximo ano, ele deve deixar o cargo apenas no primeiro trimestre.
Figueiredo defendeu que a legislação eleitoral permite aos secretários permanecerem no cargo até seis meses antes da eleição, ou seja, 3 de abril. Ele negou existir uma “concorrência desleal”, como alegam os deputados.
“Há um pedido para o governador, de alguns deputados, que acham que secretário no cargo pode ter certa essa vantagem. Eu não consegui mensurar essa vantagem”, afirmou o secretário, na ocasião.
Questionado se defende que a base reforce o pedido ao governador, Botelho desconversou.
“Temos que discutir e o que a maioria dos deputados quiserem é o que eu vou defender”, disse.
Posição de Mendes
O governador também se posicionou sobre o assunto na semana passada, afirmando que as trocas no staff devem ocorrer apenas a partir de janeiro.
“Em dezembro não sai ninguém. Se for sair, é de janeiro em diante. Eu garanto que de janeiro a março todos que quiserem sair candidatos vão deixar os cargos”, afirmou.
Além de Figueiredo, já tiveram os nomes ventilados para disputar cargos na Assembleia Legislativa e na Câmara Federal os secretários Alberto Machado (Cultura, Esporte e Lazer), Silvano Amaral (Agricultura Familiar) e Alan Porto (Educação), além do presidente da MT Par, Wener Santos.
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