DEU EM A GAZETA
Embargo à carne gera prejuízo de R$ 117 milhões para o Estado
Após 100 dias de restrição e prejuízos da ordem de US$ 762,3 milhões, a China volta a importar carne bovina brasileira desossada de animais com menos de 30 meses.
O fim do embargo foi comunicado na madrugada desta quarta-feira (15) pela Administração Geral de Alfândegas da China (Gacc, na sigla em inglês) e confirmado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
A notícia foi recebida com otimismo pelos pecuaristas, especialmente os de Mato Grosso, estado que possui o maior rebanho bovino do país e tem a China como um dos principais destinos da proteína.
No Instituto Mato-grossense da Carne (Imac) a expectativa é de recuperação em um curto espaço de tempo. Para a entidade, o restabelecimento do mercado é fruto da diplomacia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e, principalmente, da confiança no serviço sanitário do país. Na avaliação do presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Oswaldo Ribeiro Júnior, a questão está mais relacionada a mercado. “A China suspendeu o embargo que nunca deveria ter acontecido, provando que a questão nunca foi sanitária, mas político-econômica. Com 1,4 bilhão de habitantes para alimentar e uma classe média emergente muito importante, que gostou da nossa carne em razão do preço, qualidade e quantidade, o governo chinês não teria mais como segurar esse embargo”, afirmou.
A expectativa agora é de melhoria e aquecimento do mercado futuro da carne bovina. “Esse é um presente de Natal para todos os brasileiros. Acreditamos que 2022 será um ano muito melhor para a pecuária”, disse o presidente da Acrimat.
Segundo ele, o Brasil hoje está em uma posição mais confortável no exterior, com a abertura significativa de mercados que tem comprado bastante do Brasil, como todo o sudeste asiático, a Rússia que está iniciando suas compras, e uma grande surpresa, que foi o volume importante destinado aos Estados Unidos.
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