GREVE NAS PENITENCIÁRIAS
“Não vou ceder à pressão; antes era assim e Estado quebrou” Desembargadora acatou ação da Procuradoria Geral do Estado e declarou o movimento ilegal
O governador Mauro Mendes (DEM) afirmou que não irá ceder às pressões da greve dos policias penais de Mato Grosso. A categoria está em estado de greve desde o último dia 9 de novembro e pede maior valorização salarial.
Na sexta-feira (17), a desembargadora Antonia Siqueira Gonçalves acatou uma ação do Governo do Estado e declarou o movimento ilegal, determinando o imediato retorno ao trabalho.
“Não é na base da pressão que a gente vai ceder. Já pensou se todo mundo que fizer pressão o Governo ceder? Era assim que acontecia e o Estado chegou onde chegou: quase quebrou. Não vou entrar nesse caminho”, afirmou à imprensa na manhã desta sexta-feira (17).
O democrata se refere a gestões como a do ex-governador Silval Barbosa e Pedro Taques, que enfrentaram grandes movimentos grevistas e acabaram cedendo às demandas das categorias.
“Você acha que vou ceder sob pressão? Para depois todos fazerem? Quem vai pagar essa conta é a população. Eu estou aqui para administrar bem e cuidar do dinheiro público”, disse.
Entenda
Cerca de 100 policiais penais de Mato Grosso ocuparam a recepção do Palácio Paiaguás, sede do Governo do Estado, na manhã do dia 9, exigindo correção salarial para a categoria. Ao todo, em Mato Grosso, há cerca de 3 mil policiais penais.
O Governo marcou uma reunião para o dia 14 de novembro e propôs RGA de 7%, reajuste salarial de 15,27% e vale alimentação R$ 450.
No entanto, o Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado de Mato Grosso (Sindspen-MT) não aceitou e decidiu por manter o estado de greve por tempo indeterminado.
“Foi deliberado também que o movimento só irá ser paralisado após a categoria aceitar uma proposta, no período em que houver negociações a greve será mantida”, disse o presidente do Sindspen Amaury Neves.
Enquanto isso, as visitas presenciais nas penitenciárias do Estado seguem suspensas.
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