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Policiais penais denunciam descaso nas unidades prisionais de MT; raio tem esgoto a céu aberto Segundo os policias penais da Penitenciária Central do Estado (PCE), o esgoto atingiu um novo espaço e o lado de fora da prisão.
Os policiais penais de Mato Grosso, que estão de greve desde a última quinta-feira (16), denunciaram, nesta segunda-feira (20), o descaso do governo nas unidades prisionais do estado. De acordo com eles, um raio recém inaugurado na Penitenciária Central do Estado (PCE) tem esgoto a céu aberto.
A Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp), informou que o problema já foi identificado e que na tarde desta segunda-feira (20) irá fazer a manutenção. Disse ainda que os referidos raios são estruturas antigas da unidade e não novos.
De acordo com o Sindicato dos Servidores Penitenciários de Mato Grosso (Sindspen), o raio dois foi inaugurado há aproximadamente sete meses e desde sábado (18), um cano estourou fazendo com que o esgoto se espalhasse pelos banheiros.
Penitenciária Central do Estado (PCE) possui esgoto a céu aberto em volta da unidade — Foto: Reprodução
Os policiais contaram que não é possível entrar nos banheiros e que estão evitando ficar no local, já que o esgoto pode causar riscos à saúde deles e aos presidiários.
"O esgoto foi pra dentro do raio e fora da PCE também, e pode causar um perigo para os reeducandos e para os servidores", disse um policial penal.
![Policiais penais denunciam esgoto na PCE — Foto: Reprodução](https://s2.glbimg.com/zDLnYc5ROzcggir-xM2L0MvIyKw=/0x342:899x1177/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2021/J/S/DWcY1PRKm7g0P971LJVQ/whatsapp-image-2021-12-20-at-12.07.31.jpeg)
Policiais penais denunciam esgoto na PCE — Foto: Reprodução
Além disso, no entorno da PCE também há esgoto. De acordo com o Sindspen, a Sesp já foi avisada do problema.
Melhores salários
Os policiais penais de Mato Grosso entraram em greve para cobrar melhores salários. Eles realizaram uma assembleia e votaram a favor da paralisação. A categoria cobra a valorização salarial e equiparação da remuneração com a de outras categorias da Segurança Pública.
As unidades prisionais não estão recebendo novos presos. Além disso, visitas, banho de sol e visita de advogados nas penitenciárias foram suspensas.
Foram suspensas também as atividades extras, atendimento judicial e de saúde, escoltas, recebimento de mercadoria, entrada de qualquer veículo e saída de presos para trabalhos fora das penitenciárias.
Ao todo, em Mato Grosso são 3 mil policiais penais.
Retorno ao trabalho
A desembargadora Antônia Siqueira Gonçalves concedeu liminar ao estado, na última sexta-feira (17), e determinou que os trabalhadores do sistema penitenciário retornassem imediatamente às suas atividades.
Caso desobedeçam, os grevistas terão que pagar multa de R$ 100 mil por cada dia de paralisação.
Os policias ainda não retornaram ao trabalho. De acordo com o Sindspen, eles continuam em greve, nesta segunda-feira (20), e só estão atendendo o essencial. O sindicato disse ainda que eles não foram notificados sobre a liminar.
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