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Cidades/Geral
Quarta - 22 de Dezembro de 2021 às 09:29

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Luiz Leite

“Hoje eu não tenho nada para dar para meus filhos”, diz com lágrimas nos olhos a diarista Mara Siqueira, 35, que estava há horas na fila do osso para receber doações. Ela tem 7 filhos e pede ajuda para a alimentação das crianças e para consertar a humilde casa de madeira que foi destelhada nas últimas chuvas que caíram em Cuiabá.

A mulher mora no bairro Planalto, com 6 dos filhos. O mais velho é maior de idade e saiu de casa. Sem qualquer ajuda dos pais dos menores, ela faz faxinas para sobreviver. Cada serviço custa entre R$ 100 e R$ 150, mas as limpezas se tornaram mais espaçadas devido à pandemia.


“Por conta disso, as patroas pararam de chamar”, explica.


Além da renda das faxinas, ela conta com ajuda de R$ 290 do antigo Bolsa Família que agora se tornou Auxílio Brasil. O dinheiro não dá para manter a casa e fazer os reparos necessários.


“Eu passo muitas dificuldades. Agora só faço uma faxina por semana”, afirma a mulher.


“Moro num barraco de tábua. Metade da minha casa voou essa semana. Molhou tudo na minha casa. as roupas das crianças. Tudo”, relata.


Mara morava em Minas Gerais, mas se mudou para Cuiabá há dois anos. A família dela reside aqui e, com tantos filhos, a mulher achou que seria menos difícil estando perto de parentes.


Todos os filhos estudam online e essa é outra dificuldade. Não há computador e o único celular é dividido entre as crianças e adolescentes. A internet é cedida por um vizinho.


“Eu saí da minha casa hoje 2h para vir para a fila. É difícil, mas tem que vir. Filho não aguenta esperar. O gás acabou. Eu mesmo, em casa, não tenho nada para dar para meus filhos comer (sic)”, expõe a mulher, ao lado da filha de 13 anos que a acompanha na fila.


Os 7 filhos são frutos de dois casamentos de Mara, mas nenhum deles paga pensão ou ajuda de alguma forma. “Meu pai nem liga pra mim”, interrompe e menina que acompanha a mãe.


Hoje, o que Mara mais precisa é de alimentos, leite para o caçula, roupas e material para conserto da casa.


“Hoje choveu. A gente tem que ficar sentado, não dá para descansar quando chove”, conta.


Mara tem 3 meninos e 3 meninas que precisam de roupas e calçados.


Quem quiser ajudar deve entrar em contato com a mulher pelo telefone (65) 9 9338-7370.





Fonte: Do GD

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