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PROBLEMAS DE LOGÍSTICA
Mãe denuncia descaso após não conseguir doar órgãos de filho que teve morte encefálica
Isabel Cristina Mendes de Araújo, 63 anos, mãe do empresário Bruno Mendes de Araújo, 35, denuncia que os órgãos do filho foram "desperdiçados" devido à falta de equipe na Central Nacional para realização da captação logística em Cuiabá. Bruno teve morte encefálica após sofrer um acidente na última quinta-feira (16) na Avenida Fernando Corrêa da Costa.
De acordo com a mãe, no dia do acidente, o filho foi encaminhado para o Hospital Municipal de Cuiabá (HMC). Devido à gravidade do caso, posteriormente Bruno foi encaminhado para o Hospital Santa Rosa, onde recebeu, nesta terça-feira (21), o diagnóstico de morte encefálica.
“[Ficou] lá, permanecendo até a data de hoje cedo. Quando foi constatada a morte encefálica, eles solicitaram um exame eletroencefalograma, necessário para compor o rol de exames solicitados pela captação. Assim foi feito”, conta Isabel ao Olhar Direto ao relatar que, mesmo após a morte, o filho ainda ficou dois dias no Hospital Santa Rosa, aguardando os trâmites para proceder com a doação.
Ainda na terça-feira (21), a mãe relata que a Central Estadual de Transplantes da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) entrou em contato, informando como seria realizado o procedimento de captação dos órgãos nesta quinta-feira (23).
“Conversou conosco, explicou tudo, preenchemos os formulários de autorização para dar início no processo, para captação dos órgão. Ontem à noite foi nos informado que, possivelmente, hoje de manhã chegaria uma equipe para remover os órgãos que foram compatíveis, fígado e rins”, comenta.
Por volta de 8h30, porém, a família foi informada pela Central Estadual de Transplantes da SES-MT que a realização do transplante não seria possível. Isto porque a Central Nacional de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos (CNCDO) por estar com a logística comprometida devido às festividades de fim de ano.
“Fiquei muito arrasada em não poder cumprir o último desejo do meu filho, em não poder ajudar outras pessoas. Da forma como nos foi informado, foi uma forma bem fria, sem muita emoção, parecendo que isso é fato corriqueiro”, reclama.
“Tantas pessoas numa fila, esperando um órgão e eles dispensados, por falta logística”, finalizou.
A reportagem entrou em contato com a SES-MT para entender os motivos da não realização do procedimento de doação de órgão. A pasta, por sua vez, ainda não se manifestou até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto para futuras manifestações.
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