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Cidades/Geral
Sexta - 24 de Dezembro de 2021 às 08:22

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Isabel Cristina Mendes de Araújo, 63 anos, mãe do empresário Bruno Mendes de Araújo, 35, denuncia que os órgãos do filho foram "desperdiçados" devido à falta de equipe na Central Nacional para realização da captação logística em Cuiabá. Bruno teve morte encefálica após sofrer um acidente na última quinta-feira (16) na Avenida Fernando Corrêa da Costa.

De acordo com a mãe, no dia do acidente, o filho foi encaminhado para o Hospital Municipal de Cuiabá (HMC). Devido à gravidade do caso, posteriormente Bruno foi encaminhado para o Hospital Santa Rosa, onde recebeu, nesta terça-feira (21), o diagnóstico de morte encefálica.

“[Ficou] lá, permanecendo até a data de hoje cedo. Quando foi constatada a morte encefálica, eles solicitaram um exame eletroencefalograma, necessário para compor o rol de exames solicitados pela captação. Assim foi feito”, conta Isabel ao Olhar Direto ao relatar que, mesmo após a morte, o filho ainda ficou dois dias no Hospital Santa Rosa, aguardando os trâmites para proceder com a doação.

Ainda na terça-feira (21), a mãe relata que a Central Estadual de Transplantes da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) entrou em contato, informando como seria realizado o procedimento de captação dos órgãos nesta quinta-feira (23).

“Conversou conosco, explicou tudo, preenchemos os formulários de autorização para dar início no processo, para captação dos órgão. Ontem à noite foi nos informado que, possivelmente, hoje de manhã chegaria uma equipe para remover os órgãos que foram compatíveis, fígado e rins”, comenta.

Por volta de 8h30, porém, a família foi informada pela Central Estadual de Transplantes da SES-MT que a realização do transplante não seria possível. Isto porque a Central Nacional de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos (CNCDO) por estar com a logística comprometida devido às festividades de fim de ano.

“Fiquei muito arrasada em não poder cumprir o último desejo do meu filho, em não poder ajudar outras pessoas. Da forma como nos foi informado, foi uma forma bem fria, sem muita emoção, parecendo que isso é fato corriqueiro”, reclama.

“Tantas pessoas numa fila, esperando um órgão e eles dispensados, por falta logística”, finalizou.

A reportagem entrou em contato com a SES-MT para entender os motivos da não realização do procedimento de doação de órgão. A pasta, por sua vez, ainda não se manifestou até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto para futuras manifestações.





Fonte: Olhar Direto

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