TIROS EM SINOP
Mistério envolvendo morte de chef de cozinha marcou o ano João Guilherme Velasco, de 25 anos, foi morto na noite de 28 de abril, com tiros na cabeça enquanto saía do trabalho
Outro caso que marcou o ano e ainda segue sem respostas é o assassinato do chef de cozinha João Guilherme Velasco, de 25 anos. Ele foi morto na noite de 28 de abril, com tiros na cabeça em Sinop (a 479 quilômetros de Cuiabá).
Ele saia do restaurante em que trabalhava, o Chalé do Italiano, quando foi abordado por dois homens em uma motocicleta. O garupa sacou a arma e efetuou os disparos. O crime foi registrado por câmeras de segurança (veja abaixo).
Durante os oito meses de investigações, foi constatado que não havia evidências de desentendimentos ou desafetos envolvendo a vítima.
Através dos depoimentos de amigos e familiares, a Polícia Civil constatou também que o chef não tinha dívidas ou envolvimento com ilícitos.
Outras hipóteses descartadas pela Polícia são as de que João tenha sido vítima de homofobia, morto por engano ou até que o crime tenha tido motivação passional.
Até o momento ninguém foi preso pelo crime.
Crime gravado
Câmeras de segurança registraram o momento em que dois homens em uma motocicleta se aproximaram da vítima.
Assim que João desvia do que parece ser uma caçamba de lixo, ele é atingido pelos tiros e cai no chão. Em seguida, os atiradores vão embora.
O Corpo de Bombeiros foi acionado para prestar socorro, mas apenas constatou a morte da vítima.
Sem uma motivação divulgada
A motivação ainda é um mistério, bem como a autoria do crime, isso ao menos para a imprensa.
Cerca de um mês após o crime, em maio, o delegado Braulio Junqueira, responsável pela investigação, afirmou ter uma possível motivação em vista sendo apurada. O homicídio, segundo ele, teria motivação passional.
Três meses depois, em agosto, Junqueira descartou a suspeita de crime passional, mas alegou ter tanto um novo suspeito sendo investigado, quanto a possível motivação para o crime, sem dar detalhes sobre os avanços.
Aproximadamente um mês depois dessa revelação, em setembro, um novo suspeito teria sido identificado, segundo o delegado. Até agora nenhum dos possíveis no crime foram presos.
De acordo com Junqueira, não são repassadas mais informações sobre o caso à imprensa para não intervir no curso das informações.
Mãe espera resposta
O chefe de cozinha era filho da jornalista Rose Velasco que, até hoje, clama por respostas ao caso do filho.
Em entrevista ao MidiaNews, na época do crime, Rose contou como recebeu a notícia e compartilhou um pouco da sua indignação.
“Eu ainda tô juntando as informações para entender o que aconteceu. Ele não era criminoso, não era bandido, era um jovem trabalhador. Mais uma vida que se perde e nada justifica”, disse ela.
Segundo Rose, o filho tinha planos de voltar para a capital mato-grossense para trabalhar em sua área. Ela afirmou que João Guilherme era uma pessoa querida por todos.
“Era uma benção, muito querido e muito amado por todos. Sempre foi uma pessoa alegre, de muitas amizades, de bom comportamento. Enfim, um trabalhador, profissional responsável", afirmou.
Dois meses depois que o crime foi cometido, Rose Velasco usou suas redes sociais para fazer um apelo.
“O crime não foi solucionado pela Polícia Judiciária Civil. Espero em Deus que quem estiver dando proteção aos assassinos que ponha a mão na consciência e se arrependa, pois é tão criminoso quanto aqueles que desejaram, planejaram e pagaram, e aqueles que cometeram a execução covarde e cruel”, disse ela na publicação.
Outra medida adotada por Rose, foi solicitar uma audiência com o secretário de Segurança Pública, Alexandre Bustamante, para pedir celeridade nas investigações.
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