Assim que encerrou sua participação na Copa Libertadores com o inédito título, o Corinthians se via na antepenúltima colocação do Campeonato Brasileiro, com quatro pontos em seis jogos. O técnico Tite então ficou em cima dos jogadores, cobrando deles motivação igual na competição nacional, para tirar o time da zona de rebaixamento.
"Só eu sei o que tive que puxar do elástico para ter esse nível de concentração forte, e a equipe respondeu. Respirou da zona lá de baixo, onde estava porque priorizou a Libertadores", explicou o treinador, depois do empate sem gols de domingo, diante do Bahia, em Salvador, que deixou a equipe na nona posição.
A equipe não perde há cinco rodadas - venceu três jogos e empatou dois -, mas ainda se vê 16 pontos abaixo do líder Atlético-MG. Por isso, Tite evita sonhar com o bicampeonato brasileiro. O técnico acredita que esse objetivo só pode entrar em pauta no segundo turno, caso o Corinthians esteja mais próximo dos primeiros colocados."Infelizmente, tenho que falar, nossa realidade hoje é entrar no G-10, no G-8. Queria que o Corinthians se mantivesse em condição de brigar pelo título, mas perdeu pontos para ter o título da Libertadores. Se não tivesse priorizado, o título não teria acontecido. Nossa realidade ainda é o meio de tabela. Depois é que se pode criar expectativa", disse.
Se tivesse derrotado o Bahia no domingo - Tite entende que sua equipe controlou o jogo, mas não transformou as poucas chances em gol -, o Corinthians poderia ter diminuído a distância até a ponta, já que o Atlético-MG também só empatou.
"É claro que a gente gostaria da vitória para subir na tabela, mas cada momento tem suas características. Tem que manter o nível de atuação. Se reproduzir contra o Vasco o que fez contra o Bahia jogando fora de casa, o time vai ter de novo grandes chances de vencer", comentou o comandante corintiano, referindo-se ao duelo de domingo, no Rio de Janeiro.
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