Uma quadrilha desviou R$ 60 milhões em eventos superfaturados em 30 cidades do Nordeste. Ao todo, são 27 pessoas suspeitas de participar do grupo, inclusive prefeitos. As fraudes ocorriam principalmente em festas populares, como Carnaval e São João. Em um dos casos, uma primeira-dama é suspeita de vender camarotes montados pela prefeitura e embolsar o dinheiro. Os prefeitos fraudariam contratos para que empresas de amigos e parentes - todas existentes apenas no papel - ganhassem os serviços. O esquema foi investigado e denunciado pelo Ministério Público da Paraíba e pela Polícia Federal. As informações são do Fantástico.
Pelo menos três prefeitos são suspeitos de participação: Francisco de Assis Melo, de Solânea, João Clemente Neto, de Sapé, e Renato Mendes, de Alhandra. No terceiro caso, a investigação indica que Mendes teria uma casa de R$ 1,5 milhão e carros importados não declarados à Justiça. Os bens dos três foram bloqueados. Apenas um dos prefeitos respondeu à reportagem, o de Sapé, que nega ter ficado com os cheques de pagamentos para as empresas e que a primeira-dama lucrasse com venda de camarotes da prefeitura em festas, ao contrário do que afirma o MPF. Os advogados dos outros dois prefeitos também negam as acusações.
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