Cuiabá está entre 9 capitais com um nível crítico de UTIs Covid-19

Número de pacientes internados com covid-19 em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em Cuiabá cresce 677% entre o dia 1º de janeiro e esta quinta-feira (27), passando de 9 para 70. A taxa de ocupação das UTIs públicas é de 95%, o que coloca Cuiabá entre as 9 capitais que se encontram na zona de alerta crítico segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O Painel Covid da Secretaria de Estado de Saúde mostra que na Capital de Mato Grosso há 38 leitos de UTI covid, sendo que apenas dois estavam disponíveis até ontem.

Os dados que colocam Cuiabá em alerta são do último boletim do Observatório covid-19 da Fiocruz, e os pesquisadores ressaltam que neste momento é fundamental empreender esforços para avançar na vacinação e controlar a disseminação do vírus com o endurecimento da obrigatoriedade de uso de máscaras e de passaporte vacinal em locais públicos.

Além de Cuiabá, aparecem em alerta Rio de Janeiro (98%), Brasília (98%), Belo Horizonte (95%), Fortaleza (93%), Natal (89%), Porto Velho (89%), Macapá (82%) e Rio Branco (80%). Pesquisadores explicam que as taxas de ocupação de leitos de UTI covid-19 continuam a mostrar um quadro de piora no país, mesmo com a reativação de leitos em diversas unidades, em diversos estados. Segundo eles, os leitos necessitam ser reabertos, mas é preciso controlar a pandemia.

Foram registrados acréscimos no número de leitos de UTI SRAG/covid-19 para adultos no Tocantins (87 para 100), Maranhão (152 para 176), Piauí (144 para 151), Ceará (238 para 328), Pernambuco (952 para 991), Alagoas (143 para 162), Bahia (545 para 580), Minas Gerais (2.102 para 2.120), Rio de Janeiro (1.378 para 1.438), Paraná (477 para 594), Mato Grosso do Sul (129 para 143), Mato Grosso (160 para 201), Goiás (173 para 187) e Distrito Federal (42 para 56).

Em Cuiabá, atualmente, o maior número de leitos de UTI é ofertado no Hospital de Referência Covid-19, o antigo Pronto-Socorro. Até esta quinta-feira (27) eram 20 leitos. No início da tarde, o Governo do Estado anunciou a reativação de mais 10 leitos em parceria com o município. Inicialmente, a Secretaria Estadual de Saúde (SES-MT) irá financiar 100% do funcionamento, ou seja, R$ 2 mil a diária de cada um dos leitos. Esse valor será pago até que o município consiga a habilitação do leito por parte do Ministério da Saúde. Depois de autorizado e habilitado, o Governo Federal deverá investir R$1.600 e o Estado completará a diária com R$ 400.

Com essa ampliação, o hospital contará com o total de 30 leitos de UTI e 121 leitos de enfermaria para o tratamento da doença. No auge da pandemia a capital chegou a disponibilizar 155 leitos exclusivos.