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Saúde
Quarta - 02 de Fevereiro de 2022 às 08:39
Por: Dantielle Venturini

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Em Mato Grosso as variantes delta e ômicron estão em evidência na circulação e são responsáveis por quase todos casos de contaminação pela covid-19. No caso específico da ômicron, que tem maior capacidade de contágio, a contaminação já pode representar 95% ou mais das infecções que ocorrem no Estado, segundo especialistas. No país, a nova variante já aparece em 97% dos testes sequenciados.

Mais contagiosa que as outras, a ômicron trouxe à tona a reinfecção, que apesar de já ter sido confirmada antes, não havia ganhado força e destaque como aconteceu com o surgimento da nova variante. Segundo especialistas, já há relatos de pessoas que ao longo da pandemia já se contaminaram com o vírus 8 vezes. Além disso, surgiram ainda questionamentos quanto ao período mínimo de uma janela de imunidade, o que, segundo os médicos, depende de cada organismo.

No Estado, outras variantes já foram identificadas anteriormente, como a alfa e a gama, e essa identificação é feita por meio de sequenciamento genético do vírus. Atualmente, uma pesquisa financiada pela Organização Pan-americana da Saúde tem voluntários em 3 cidades de Mato Grosso: Cuiabá, Várzea Grande e Alta Floresta. O objetivo é identificar as variantes em circulação neste momento, além da incidência do vírus em pessoas que não apresentam sintomas da doença. Essa contribuição para identificação e sequenciamento genético do vírus deve auxiliar na definição de estratégias de enfrentamento à pandemia.

Infectologista do Hospital Universitário Júlio Müller, em Cuiabá, Márcia Hueb afirma que a reinfecção é real e ainda não é possível saber quantas vezes uma pessoa pode ter a covid-19. A médica explica que já viu casos em Mato Grosso em que uma mesma pessoa chegou a ser contaminada 3 vezes e isso poderá acontecer mais vezes até termos nossa imunidade mais treinada para evitar as infecções pelo Sars-Cov-2.

Hueb afirma que com o passar dos meses, anos, as infecções pelo vírus devem começar a ser controladas pelo reconhecimento eficiente do mesmo pelo nosso sistema imune, mas até lá as reinfecções devem continuar constantes.

A possibilidade de reinfecção com a mesma variante existe, mas segundo Márcia Hueb a tendência vista até o momento é que assim como ocorre com a dengue, a reinfecção seja por outra variante, diferente da anterior. Mesmo com essa possível semelhança entre as duas doenças, ela esclarece que o que o Sars-Cov-2 tem demostrado até agora é que ter tido infecção por covid anteriormente não tem tido ligação com a condição de risco para gravidade no caso da reinfecção. Ao contrário da dengue.





Fonte: MidiaNews

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