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Domingo - 05 de Janeiro de 2014 às 16:38
Por: ADILSON ROSA

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Nos últimos três anos, a Polícia Militar apreendeu uma arma a cada 11 horas – ou duas por dia – em Cuiabá. Nesse período, foram confiscadas mais de 2.200 armas – entre pistolas, espingardas e principalmente revólveres de diversos calibres. O número recorde chega no momento em que o país “comemora” os 10 anos da aprovação do Estatuto do Desarmamento. 

O Estatuto é uma lei federal publicada em 22 de dezembro de 2003, regulamentada pelo decreto 5123 de julho de 2004. Há dez anos, quando de sua sanção, acreditava-se na redução do número de armas circulando e, consequentemente, da criminalidade. Críticos diziam, no entanto, que de nada adiantaria desarmar a população se os bandidos continuariam armados. 

A lei proíbe o porte de armas por civis, com exceção para os casos onde haja necessidade comprovada. 

Porém, apesar da lei, nunca a Polícia Militar retirou tantas armas ilegais de circulação em tão pouco tempo na Capital. Para se ter uma ideia, em 2012 foram 830. E no ano passado, mais de 750. Em 2011, foram 650. Os números não incluem Várzea Grande, que faz uma estatística separada. 

Segundo dados do 1º Comando Regional da Capital, são armas apreendidas durante flagrantes de roubo, tráfico de entorpecentes, onde sempre há um revólver escondido numa boca-de-fumo. Mas as apreensões ocorrem principalmente na prisão pura e simples por porte ilegal de arma, em que a pessoa está com revólver na cintura, no carro ou em brigas cotidianas. 

Os policiais descobriram que a maior parte das armas são contrabandeadas e um número considerável são roubadas em assaltos, onde o alvo dos bandidos são vigias de empresas particulares que, na maioria das vezes, trabalham armados. 

Para o comandante do 1º Comando Regional da Polícia Militar, coronel Jadir Metelo da Costa, trata-se de um número considerável de apreensão de armas, superando o de muitas Capitais. Ele destacou que tantas armas retiradas de circulação já traz seus efeitos positivos em Cuiabá. “Se temos menos armas circulando, temos menos crimes”, frisou. 

Coronel Costa lembrou que não precisa de operações mirabolantes para apreender armas. “Só temos resultados com barreiras, operação saturação – fizemos vários nos últimos anos – nos bairros onde a incidência é grande”, ressaltou. 

Ele adiantou que as abordagens por parte da PM tanto em veículos como em pessoas, além de resultar na apreensão de armas, transforma a corporação uma polícia mais atuante. 

Com bandidos desarmados, os policiais já sentem o efeito colateral – intensificaram os assaltos a vigias de empresas particulares. No final do ano, em dois assaltos na Arena Pantanal, foram três revólveres roubados. No último assalto, o vigia reagiu e os ladrões fugiram. 





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