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Policia MT
Sábado - 19 de Fevereiro de 2022 às 07:47
Por: Vitória Lopes/Gazeta Digital

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Em entrevista coletiva nesta tarde de sexta-feira (18), o advogado Márcio de Deus, que representa a defesa do padre Nelson Koch, afirma que o celular do pároco estava formatado porque ele deixou o aparelho cair em uma caixa d’água, uma semana antes de ser preso. O padre foi preso pelos crimes de estupro, estupro de vulnerável e importunação sexual.


O padre começou a ser investigado após a denúncia da mãe de um jovem de 15 anos, que começou a trabalhar na igreja em 2021.


Segundo ela, desde o ano passado o menino tem sofrido abusos sexuais praticados pelo religioso. Além disso, afirmou ainda que os crimes ocorreram em períodos diferentes, desde que ele tinha 7 anos.


Após a detenção, a Polícia Civil verificou que o celular do pároco havia sido formatado. De acordo com o advogado, Koch informou que deixou o aparelho cair em uma caixa d’água, mais ou menos 10 dias antes de ser detido.


“Pelo o que ele me falou, uma semana atrás, um pouco mais, caiu dentro de uma caixa d'água e estragou, e ele levou o celular para o conserto e formataram no lugar que foi consertou. Ele não tinha interesse nenhum em formatar o celular. Uma semana antes, 10 dias antes foi que isso aconteceu”, explica.


Além disso, pontua que o padre não tinha redes sociais. Ele estaria se dedicando a cuidar de um irmão, que está com câncer terminal. “Ele disse que tinha pouco tempo pra qualquer ato fora a cuidar do irmão dele, que está com câncer”.


Sobre os vídeos, que provariam os abusos cometidos, a defesa pontua que teve acesso às imagens. Porém, os vídeos não comprovariam o crime. “Eu mesmo vi os vídeos, e vocês [imprensa] no futuro terão acesso, talvez. Não tem nada, nada que macule a imagem do padre”, afirma o advogado.


O advogado aponta que os vídeos foram editados, e até a defesa não ter acesso sobre a procedência das imagens, não comentará o caso. “Eu vi os vídeos, todos eles, não tem nada. Não tem uma imagem que você olhe e fala 'olha, isso aqui nos leva a crer que pode ser'. E mais: os vídeos foram todos eles editados. Enquanto a defesa não tiver acesso aos vídeos, não fizer perícia pra saber se esses vídeos são legais ou não, eu não falar mais nada a respeito disso”.


O padre também pediu afastamento da paróquia, momentos antes de ser preso. Conforme relatou, não queria prejudicar a imagem da igreja.


“A paróquia soube dessa situação, que um adolescente falou isso. A paróquia chamou ele, que falou o seguinte: queria se afastar pra que não trouxesse prejuízo pra paróquia com processo. Para que não trouxesse para o bispo, igreja e fiéis da igreja nenhum descrédito. Então ele preferiu se afastar, para que pudesse responder com tranquilidade, sem o manto da paróquia, como qualquer cidadão tem que responder ao crime que lhe é imputado”.





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