Eleições desenham poder da familiocracia em Mato Grosso
Jayme Campos, Lucimar Campos e Julio Campos
Na República onde é comum ouvir a expressão "é filho de quem?", a familiocracia - expressão política onde o poder passa pela ligação sanguínea - segue firme e forte rumo às eleições de 2022. Em Mato Grosso, essa cultura é histórica e tem como maior representante a família Campos, que a partir do pai Júlio Domingos de Campos, o seu Fiote, ex-prefeito de Várzea Grande, os filhos Júlio e Jayme Campos (União Brasil) se elegeram aos cargos de governador, senador, prefeito, entre outros. A família, por exemplo, é responsável por eleger 15 prefeitos em Várzea Grande.
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Emanuel Pinheiro e Emanuelzinho
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José Riva e Janaina Riva
Porém, neste ano a familiocracia buscará se expandir, mesmo com os seus atuais representantes, que herdaram o legado políticos dos seus pais, irmãos e tios, como o próprio senador Jayme Campos, a deputada estadual Janaina Riva (MDB), o filho do prefeito de Cuiabá, deputado federal Emanuelzinho (PTB) e o primeiro-secretário da Assembleia, deputado Eduardo Botelho (União Brasil).
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Humberto Bosaipo e Antônio Bosaipo
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Serys Slhessarenko e Natasha Slhessarenko
Neste ano, o ex-deputado Humberto Bosaipo tentará passar o "espólio político" ao filho, Antônio Bosaipo, para disputar uma das cadeiras no Legislativo estadual, assim como a ex-senadora Serys Slhessarenko que tem na filha, a médica Natasha Slhessarenko a nova expoente política da família, que buscará uma vaga para deputada federal ou Senado.
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Max Russi e Alexandre Russi
Outro que pretende ampliar a influência política no Estado é o presidente da Assembleia, Max Russi (PSB), que já elegeu a esposa em 2020 como prefeita de Jaciara, e neste ano pretende lançar o irmão, ex-prefeito de São Pedro da Cipa, Alexandre Russi, para deputado estadual.
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José Carlos do Pátio e Neuma Moraes
O prefeito de Rondonópolis, José Carlos do Pátio (SD), também tentará ampliar sua influência, lançando a mulher, Neuma Moraes, para deputada federal.
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Carlos Avalone e Maria Avalone
Já o deputado estadual Carlos Avalone (PSDB) pretende lançar a esposa, Maria Avalone (PSDB), que atualmente está vereadora de Cuiabá, para concorrer a uma vaga neste ano para estadual ou federal.
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Elizeu Nascimento e Cezinha Nascimento
O deputado estadual Elizeu Nascimento (PL), que elegeu o irmão para a Câmara Municipal de Cuiabá em 2020, tentará elevar o posto do irmão também nesta eleição para disputar para federal.
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Túlio Fontes e Antônio Fontes
O suplente de deputado, Túlio Fontes (PSB), tentará um cargo na Câmara Federal, e assim manter a tradição da família na política que iniciou com o seu pai, o ex-prefeito de Cáceres, Antônio Fontes.
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Juca do Guaraná Filho e Juca do Guaraná
O presidente da Câmara de Vereadores de Cuiabá, Juca do Guaraná Filho (MDB), não herdou apenas o nome do pai, que também foi vereador da capital, como também os votos e sua influência. Tanto, que Juca disputará uma vaga na Assembleia neste ano.
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Leonadro de Oliveira, Dante de Oliveira e Thelma de Oliveira
Ainda neste ano, o ex-vereador Leonardo de Oliveira tentará uma vaga na Assembleia. Ele é sobrinho do ex-governador Dante de Oliveira, que deixou o seu espólio político após a sua morte com a ex-prefeita de Chapada dos Guimarães, Thelma de Oliveira.
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Beto Faria e Wilmar Peres
Quem também disputará uma vaga na Assembleia é Beto Faria, ex-prefeito de Barra do Garças, que herdou o espólio político do pai, Wilmar Peres de Farias, que foi prefeito daquele município, deputado estadual, deputado federal, vice-governador e governador.
Se analisar os 141 municípios, existem muitos prefeitos e vereadores que são parentes de ex-políticos e ex-gestores.
Contudo, maior exemplo da familiocracia é o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), que permaneceu 28 anos no Congresso Nacional. Além disso, tem três filhos com mandatos eletivos, o senador Flávio Bolsonaro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro e o vereador Carlos Bolsonaro.
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