Mauro faz 'reunião misteriosa' e inicia articulações em Brasília
O governador Mauro Mendes (União) participou, na noite de quarta-feira (9), de uma reunião política que abordou o seu projeto à reeleição em 2022. O encontro, que não constava na agenda oficial do chefe do Executivo estadual, foi realizado no Hotel Brasil 21, em Brasília, e teve aproximadamente uma hora de duração.
O presidente nacional do Partido Liberal (PL), Valdemar da Costa Neto, e o chefe de gabinete do senador Wellington Fagundes (PL), Fernando Pereira Damasceno, estiveram no mesmo prédio no momento em que o governador participava da reunião. Apesar da coincidência, o staff dos dois dirigentes partidários negam encontro entre as partes.
Na reunião de Mendes, o secretário estadual de Fazenda, Rogério Gallo, também teria participado. Alguns aliados do governador viram a reunião como surpresa, já que Mendes tem evitado a falar sobre os rumores políticos com o seu grupo. Outros apontam que o ex-prefeito de Cuiabá teria se encontrado com Valdemar e solicitado ao dirigente partidário para que o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), não tenha nenhum candidato ao governo em Mato Grosso nas eleições de outubro. Em contrapartida, o gestor oferecia o seu palanque ao chefe do Executivo federal.
Mendes passou toda a quarta-feira em Brasília. Ele chegou no período matutino e foi direto ao Palácio da Alvorada. Em seguida, teve um encontro com o secretário-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, e com o ministro Paulo Guedes, no Ministério da Economia. Nesta quinta-feira (10), o ex-democrata retorna a Mato Grosso para cumprimento de agenda na região norte do Estado.
Caso o governador opte pela reeleição, ele deverá ter o grupo do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), como adversário. O emedebista tem articulado junto a parceiros um adversário ideal para Mendes. Wellington e o ex-deputado federal Nilson Leitão (PSDB) são possibilidades. O tucano, inclusive, teria a simpatia de Bolsonaro para ser o candidato ao Palácio Paiaguás.
O nome de Emanuel também é cogitado pelo grupo político. Durante live em suas redes sociais, na terça-feira (8), o gestor informou que vai tirar 15 dias de férias para decidir se vai ou não se candidatar ao governo estadual. O emedebista aponta que a decisão sairá no dia 28 de março após o fim do recesso. Caso a resposta seja positiva, ele deverá renunciar ao cargo de prefeito até o dia 2 de abril. ‘Nesses 15 dias ficarei aqui em Cuiabá para consultar a minha família, conversar com a população, os servidores públicos, os políticos. Quero ouvir os deputados e empresários sobre o que queremos para Mato Grosso’, disse.
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