‘Dobradinha’ é diferencial, e expansão é 4 vezes a alta nacional Além de volume recorde, MT é, pelo 11º ano consecutivo, o maior produtor de grãos e pluma
O clima vai se confirmando como o maior aliado da produção agrícola mato-grossense, na safra 2021/22.
Ao contrário dos problemas enfrentados na temporada passada, as chuvas na hora certa e em quantidade suficiente têm permitido ganhos em produtividade que vão garantir novos recordes à oferta estadual, especialmente em três culturas que são carro-chefe: soja, milho e algodão.
Conforme aponta o 6º Levantamento da Safra 2021/22 realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Mato Grosso deve somar 83,16 milhões de toneladas (t) neste ciclo.
Se os números se confirmarem, a oferta estadual crescerá 13,8% sobre o consolidado na temporada passada, enquanto no país a produção deve ficar 4% maior do que em 2020/21.
Nesse cenário, impulsionada pela produtividade – que deve ficar quase 8% maior na comparação anual –, a expansão mato-grossense deve superar em mais de três vezes e meia a projeção nacional.
Além de volume recorde, Mato Grosso se manterá, pelo 11º ano consecutivo, o maior produtor brasileiro de grãos e pluma de algodão.
Ainda levando em conta a expectativa estadual por 83,16 milhões t e a nacional, em 265,69 milhões t, Mato Grosso responderá sozinho, por mais de 31% de tudo que ciclo atual for ofertar.
Essa atualização mostra que a área plantada no Estado passa a 18,93 milhões de hectares (ha), 5,8% maior que em 2020/21.
A produtividade aumenta 7,6% e terá uma média de 4.392 quilos por hectare (kg/ha). Já a produção, deixa o recorde anterior em 73,07 milhões t para assumir novo patamar, agora de inédito 83,16 milhões t.
Mesmo atualizada, a projeção da Conab mantém o milho como a cultura de maior oferta no Estado, superando pela segunda vez a soja. Os números são recordes.
O cereal deve render 39,74 milhões t, 21,1% mais que o saldo anterior em 32,80 milhões t. É a cultura estadual com maior ganho anual em produtividade:12% e deve chegar a uma média de 6.298 kg/ha. Em superfície o avanço é de 8,2%, com a área semeada chegando a históricos 6,31 milhões ha.
A soja, com a colheita chegando a sua reta final, deverá somar 39,18 milhões t, ganho de 7,3% ante ao ano passado quando o Estado colheu 36,52 milhões t. A área foi 4,1% maior, passou de 10,47 milhões ha para 10,90 milhões. A produtividade está sendo projetada em torno de 3,1% maior.
O algodão em pluma é a cultura com maior projeção de crescimento anual na oferta, no Estado. A fibra deve atingir 1,98 milhão t, o que se confirmado será 22,6% maior que o saldo de 1,61 milhão t do ciclo anterior. A área cultivada também registra o maior avanço, crescerá em torno de 18,6%, chegando a 1,14 milhão ha.
BRASIL - Com crescimento superior a 10 milhões de toneladas em relação ao ciclo anterior, a produção de grãos deve chegar a 265,7 milhões t.
Apesar da expectativa de aumento na colheita, quando comparada com o resultado obtido no período 2020/21, observa-se uma leve perda na produção de 0,9% sobre o volume divulgado no último mês, quando eram esperadas 268,2 milhões de toneladas.
A queda é reflexo da forte estiagem verificada, sobretudo, nos estados da região Sul do País e no Centro-Sul de Mato Grosso do Sul.
O clima adverso impactou de maneira expressiva as produtividades das lavouras de soja e milho 1ª safra, principalmente.
Com o plantio encerrado da soja em 40,7 milhões de hectares, acréscimo de 3,8% na área plantada em relação à safra 2021/22, as atenções se voltam para o andamento da colheita da oleaginosa, que já ultrapassa 50% em todo País.
Segundo observado pelos técnicos da companhia, as produtividades obtidas refletem o cenário climático durante o ciclo da cultura. A expectativa é que a produção alcance 122,76 milhões de toneladas.
O avanço da colheita da soja dita o ritmo do plantio do milho segunda safra.
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