DEU EM A GAZETA
Idosa tem casa destruída e bombeiros salvam crianças
Com um volume quase 3 vezes maior que o previsto para o período, a chuva que caiu no domingo e madrugada desta segunda-feira (14) em Várzea Grande causou sérios prejuízos para moradores de pelo menos 5 bairros. Foram 88 milímetros de chuva, quando o normal é de 25 mm a 30 mm. O resultado foi transbordamento de córrego, erosão em ruas, quedas de árvores e destruição de casas. O Corpo de Bombeiros teve que resgatar três crianças e uma adolescente, que ficaram ilhadas em duas casas no bairro Jardim Paula II.
A situação beirou o caos para muitas famílias e o agradecimento pela vida foi o que restou para muitas delas. O professor Albert Vieira da Silva precisou da ajuda dos bombeiros para retirar de casa as duas filhas, Karolainy Vitória Vieira, 10 anos, e kauany Vieira, 15 anos, pois o volume de água na residência chegou a cerca de um metro. O imóvel, localizado na Travessa do Ponce, no bairro Jardim Paula II, até a tarde de ontem estava cheio de lama e a água não havia escoado em 100%.
Albert relata que foram momentos de muita tensão, onde além das filhas teve de ajudar a mãe, de 65 anos, enquanto seu cunhado acionava o Corpo de Bombeiros. Depois do resgate, por volta de 1h30, as filhas do professor foram levadas para a casa de uma tia, no bairro Paiaguás.
O auxiliar de mecânico, Kennedy Roger, que também reside no local, contou que os móveis ficaram completamente destruídos. Sofá, guarda-roupas e, quando aumentou o volume de água dentro da casa, até a geladeira flutuou e acabou caindo.
Na casa ao lado, residência que estava fechada pelo fato dos proprietários estarem viajando, o muro caiu e os vizinhos não sabem a dimensão do estrago no imóvel.
Na parte mais alta do mesmo bairro, na rua Goiás, o córrego Traíra transbordou. Parte do asfalto do acostamento cedeu e formou uma grande cratera. A vizinhança teme que o restante da pavimentação ceda por completo, deixando a comunidade ilhada.
Segundo o pastor Gilmar Silva, morador do bairro, algumas ondulações que não haviam no asfalto podem ser indícios de que a situação pode se agravar. Creio que a qualquer momento tudo pode cair. A situação neste trecho está muito perigosa, relatou.
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