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Repórter News - reporternews.com.br
Policia MT
Quinta - 17 de Março de 2022 às 11:32
Por: Leonardi Heitor/Folha Max

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A Polícia Federal (PF) encontrou uma bolsa com uma grande quantidade de dinheiro dentro da Toyota SW4 apreendida durante a deflagração da Operação Res Capta. O veículo teria sido dado de presente ao cacique Damião Paridzané, que liderava a Terra Indígena Xavante Marãiwatsédé. Três homens foram presos na ação.

O montante foi encontrado pelos agentes da PF em uma bolsa, com vários ‘pacotes de notas de R$ 50. Ao todo, o dinheiro somou R$ 13,6 mil.

Segundo as investigações, o cacique Damião Paridzané, que liderava a Terra Indígena Xavante Marãiwatsédé receberia, mensalmente, R$ 900 mil pelo arrendamento ilegal de uma parte das terras indígenas que comandava para fazendeiros. Ele não foi preso na operação, mas ficou proibido pela Justiça de firmar parcerias para qualquer tipo de exploração na área, além de não poder manter contato com nenhum dos presos e ter suas contas bancárias bloqueadas.

A Polícia Federal prendeu, na manhã desta quinta-feira (17), um coordenador da Fundação Nacional do Índio (Funai), um policial militar e um ex-policial da mesma corporação suspeitos de participar de uma organização criminosa. O esquema, que realizava arrendamentos ilegais em terras indígenas, foi alvo da Operação Res Capta, deflagrada hoje.

Foram presos Jussielson Gonçalves Silva, Enoque Bento de Souza e Gerard Maxmiliano Rodrigues de Souza. Além deles, foram alvos de medidas cautelares Aldemy Bento da Rocha, Bruno Peres de Lima, Claudio Ferreira da Costa, Derso Portilho Vieira, Ivo Vilela de Medeiros Junior, Gilsom Nunes da Silva, Ivonei Vilela Medeiros, João Victor Borges Correia, Justino Agapito de Oliveira Xerente, Marcos Alves Gomes, Manoel Pinto de Araujo, Osmair Cintra dos Passos, Saconele Zaercio Fagundes Golveia, Thaiana Ribeiro Viana e Wilian Paiva Rodrigues.

De acordo com a Polícia Federal, Jussielson é coordenador regional da Funai em Ribeirão Cascalheira e militar da reserva. Os outros dois presos também são militares, sendo que Gerard Maximiliano é PM do estado do Amazonas, onde é segundo sargento, e Enoque Bento é ex-PM na mesma corporação, onde atuou por 20 anos. Este último tem, inclusive, uma condenação de mais de 18 anos de prisão.

A sede da Funai de Ribeirão Cascalheira foi alvo de busca e apreensão da PF. Alguns servidores do órgão foram apontados pela PF como responsáveis por cobrar valores de fazendeiros da região para intermediar os arrendamentos nas terras indígenas. Uma Toyota SW4 foi apreendida pelos agentes. Ela teria sido dada de presente pelo grupo ao cacique Damião Paridzané.


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