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Domingo - 20 de Março de 2022 às 09:13
Por: Allan Mesquita/Gazeta Digital

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Otmar de Oliveira

O governador Mauro Mendes (União) criticou os aumentos no preço do combustível em Mato Grosso e afirmou que os lucros exorbitantes faturados pela Petrobras têm colaborado para que os mato-grossenses paguem mais caro na gasolina e no diesel no Estado.


Durante entrevista à rádio Capital FM na terça-feira (15), o chefe do Executivo afirmou que, se fosse presidente da empresa, cortaria parte do faturamento para reduzir o valor que é repassado aos consumidores.


"A Petrobras teve no ano passado o maior lucro da história. Agora eu te pergunto: o petróleo é tudo importado? Vem tudo do Oriente Médio? Não. Grande parte é produzido aqui no Brasil, dá para baixar o preço, só ter um lucro um pouco menor", disse.


A fala ocorreu quando o gestor comentava sobre os constantes aumentos realizados. Na quinta-feira (10), a Petrobras anunciou um novo reajuste de 18,8% para a gasolina e de 24,9% para o diesel como resultado da alta do petróleo internacional – reflexo direto de sanções econômicas à Rússia em retaliação à decisão de invadir a Ucrânia.


Com isso, após 3 meses de queda, o preço da gasolina comum fechou a primeira quinzena de março registrando alta de 1,83%. No período, a média nacional chegou a R$ 7,006, enquanto em fevereiro o preço médio foi de R$ 6,880.


Nesse contexto, Mendes rebateu as críticas feitas pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), que culpou os governadores pelo aumento. O chefe do Paiaguás também enfatizou que os impostos estaduais sobre o valor dos combustíveis foram congelados após um acordo firmado entre os gestores em novembro do ano passado.


"No ano passado, o nosso presidente Bolsonaro fez uma colocação dizendo que o culpado seria o ICMS. No entanto, os governadores congelaram o ICMS desde novembro e não subiu mais. Só que de novembro pra cá, o valor da gasolina já aumento em 15%. Culpa de quem? Da Petrobras", acrescentou.


Mendes ainda apontou que falta sensibilidade para solucionar a questão e também atribuiu parcela da culpa ao governo federal, que é responsável por indicar a presidência da Petrobras.


"Se eu fosse presidente, eu cortaria parte desse lucro, porque o governo federal é dona de quase 40%. E outra, o presidente e a diretoria da Petrobras, quem escolhe é o presidente da República. Falta um pouco de sensibilidade para resolver isso e aliviar a costa dos brasileiros e do mato-grossenses", finalizou.





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