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Domingo - 20 de Março de 2022 às 09:15
Por: Alecy Alves/Diário de Cuiabá

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Cristiane Spohr e o marido Valdevino: drama familiar em meio ao amor, fé e alegria espalhados
Cristiane Spohr e o marido Valdevino: drama familiar em meio ao amor, fé e alegria espalhados

A agente de saúde e vendedora autônoma Cristiane Spohr, de 43 anos, tem uma estratégia própria para lidar com a falta de empatia, respeito, e, muitas vezes, agressões verbais que ela e colegas enfrentam, cotidianamente.

“Falta de confiança, xingamentos e humilhações ocorrem com frequência”, lamenta Cristiane.

Ela se refere à maneira como muitos moradores reagem à presença do agente de Saúde em suas residências.

Há 12 anos percorrendo bairros, sob sol e chuva, orientando moradores em defesa da saúde coletiva, Cris se viu na necessidade de responder aos insultos e desrespeitos.

Não confrontando-os, mas espalhando seu amor e fé.

E foi assim que, há mais de dois anos, surgiu o projeto “Gotinha da Palavra”.

Por meio de mensagens, muitas vezes extraídas da Bbíblia, sem se referir a essa ou aquela religião, Cris distribui calma e reconforto.

Arquivo Pessoal

Agente de Saúde 1

Cristiane Spohr, de 43 anos, tem uma estratégia própria para lidar com a falta de empatia

Todas as manhãs, em vídeo curtos, de, no máximo, um minuto, o amor e a fé dela chegam aos agentes, colegas de outras áreas da Saúde, amigos das redes sociais, entre outros.

Fragmento de uma das mensagens dela: “Vamos acalmar essa tempestade que está acontecendo dentro do seu coração e mente. Na hora da sua aflição, clamaram ao senhor, ele acalmou a tempestade, tornando-a uma brisa, os alegrou e os guiou ao porto desejado”

.Por trás do amor, fé e alegria espalhados, Cris vive um drama familiar, que, na análise dela, está sendo guiado pelo Senhor ao porto desejado.

Há dois meses, o marido dela, Valdevino Aroldo Nunes, de 45 anos, foi diagnosticado com uma doença renal que o levou à máquina de hemodiálise.

Personal trainer autônomo, Valdevino está sem condições de trabalhar e, consequentemente, sem salário.

Cris, cuja renda completava o orçamento familiar, tornou-se provedora.

A queda brusca da renda já provou muitas mudanças na vida do casal de filhos.

Além da maratona em busca de assistência em Súde, a família foi obrigada a mudar de casa.

Sem moradia própria, recorreu ao aluguel que cabe no novo orçamento.

Em sua fé inabalada, enfrentando seus próprios dramas, ela diz que o que vem praticando faz bem a ela e aos outros.

O termômetro dela são as respostas em agradecimento e as cobranças diárias.

“Se atraso no envio do vídeo, começo a ser cobrada. 'E aí, estou esperando sua Gotinha da Palavra'”, conta ela

.Sobre os xingamentos e humilhações da rotina de agente de Saúde Cris diz: “Não digo nem que queremos reconhecimento, mas devem nos receber e respeitar”.





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