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Nacional
Sábado - 28 de Julho de 2012 às 08:27
Por: Darshany Loyola

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Darshany Loyola / G1 ES
"Ela está com um certo trauma", diz mãe de Jennyfer.

O voo estava previsto para chegar às 22h15 desta sexta-feira (27) no Aeroporto de Vitória, mas foi quatro minutos depois que o monitor no saguão de espera anunciou o pouso. Jennyfer Lira Shaider, de três anos, finalmente voltava ao Espírito Santo após passar 20 dias no Paraná para uma cirurgia cardíaca

A menina chegou em Curitiba no dia 7 de julho para ser operada no Hospital Nossa Senhora do Rocio, referência em cirurgias cardíacas pediátricas de alto risco. Os pais precisaram deslocar a criança de Vitória porque o procedimento de fechamento de comunicação interventricular não é ofertado nem na rede pública e nem na rede particular do Espirito Santo.

Enquanto esperava o desembarque com um brinquedo nas mãos, a tia de Jennyfer, a cabeleireira Adriana Bispo, disse ao G1 qual era o exato sentimento após tanta angústia. "É muita emoção. Estamos muito ansiosos", afirmou. Adriana contou também que a família, que mora no bairro Maria Ortiz, vai fazer uma festa especial para Jennyfer no próximo domingo (29). Afinal, a criança completou três anos no dia 18 de julho, um dia após a cirurgia.

O reencontro da tia com a sobrinha foi um momento de grande emoção. Jennyfer rapidamente foi para o colo de Adriana, de onde demorou para sair. Com semblante sério, a criança a todo momento dizia "acabou, acabou", com referência ao que passou no Paraná. A mãe, Andreia Bispo, explicou porque a filha não sorria. "Ela está muito assustada ainda, machucada.  Foi muito difícil. Agora, ela tem momentos de riso, de choro, ela está com um certo trauma", disse ao G1.

Para a família, depois de tantos dias no hospital, de uma cirurgia complicada e da recuperação, o  momento é de pensar em tudo o que Jennyfer poderá fazer. "Agora ela vai aproveitar bastante, brincar muito e fazer o que antes não podia. Deus botou a mão nela, só tenho a agradecer à Ele. Não tenho palavras para descrever", disse Adriana. "Pegar sua filha viva e entregar nas mãos dos médicos que você nunca conversou é muito difícil. Mas a fé está acima de tudo. Graças a Deus estamos no Espírito Santo, na nossa terra. A vitória é nossa", completou o pai de Jennyfer, Roger Shaider.
 

Tia de Jennyfer comemora a volta da sobrinha. (Foto: Darshany Loyola / G1 ES)
Tia de Jennyfer comemora a volta da sobrinha. (Foto: Darshany Loyola / G1 ES)

 

Cirurgia
A menina nasceu com uma má-formação no coração, chamada de falha de comunicação interventricular. Durante a cirurgia, Jennyfer teve o coração ‘desligado’ e substituído por uma máquina por cerca de seis horas. Os médicos precisaram provocar uma parada cardíaca para corrigir a má formação no coração.

Foram momentos de angústia para os pais, que aguardavam ansiosos por notícias da menina, lembrou o pai, Roger Shaider. “Foi uma operação delicada e demorada. Teve crianças que passaram por isso e não conseguiram retornar. Mas a Jennyfer renasceu. Foi o maior presente que Deus nos deu no aniversário dela”. De acordo com ele, agora a família pode recomeçar.





Fonte: Do G1 ES

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