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Cidades/Geral
Terça - 22 de Março de 2022 às 15:01
Por: Por Kethlyn Moraes, G1 MT

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Estação de Tratamento de Água no Bairro Cristo Rei, em Várzea Grande (MT) — Foto: Prefeitura de Várzea Grande
Estação de Tratamento de Água no Bairro Cristo Rei, em Várzea Grande (MT) — Foto: Prefeitura de Várzea Grande

Um estudo do Instituto Trata Brasil, divulgado nesta terça-feira (22) para celebrar o Dia Mundial da Água, mostra que Várzea Grande, na região metropolitana de Cuiabá, está em 8º lugar no ranking das cidades com os piores indicadores de saneamento básico no país. Os dados apontam Várzea Grande está há oito anos entre as 20 piores cidades em relação aos indicadores de saneamento.

Na última pesquisa, o município estava em 10º lugar.

De acordo com Carlos Alberto Simões de Arruda, presidente do Departamento de Água e Esgoto (DAE), responsável pelo serviço no município, um dos fatores que influencia os baixos indicadores é o fato de as informações colocadas dentro do sistema de levantamento, o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), estarem desatualizadas.

Ele informou que os erros no sistema estão com vícios de longa data que ainda precisam ser corrigidos e atualizados.

Segundo o Trata Brasil, o documento considera os dados mais recentes do SNIS, referentes ao ano de 2020.

De acordo com os dados, apenas 29,8% da população de Várzea Grande tem coleta de esgoto.

"A distribuição de coleta tem menor concentração que a distribuição dos indicadores de água na última faixa de valores. Apesar disso, muitos municípios encontram-se nas demais faixas de atendimento, ou seja, os serviços de coleta de esgoto não estão tão universalizados quanto os serviços de atendimento de água", diz trecho do estudo.

Os dados confirmam essa análise, visto que o Índice de de Atendimento de Água no município é de 96%.

O indicador de coleta de esgoto na área urbana também não é muito diferente do indicador de coleta total no município, ficando em 30,3%

Outro dado que chama a atenção é o índice que mede os esforços dos prestadores em melhorar o atendimento em saneamento a partir de seus investimentos.

Várzea Grande ficou em último lugar nos ranking, com o menor indicador de investimentos nos últimos cinco anos: 0%.

Neste indicador, considera-se não apenas os investimentos realizados pelos prestadores, mas também os realizados pelo poder público.

Sobre os investimentos, Carlos Alberto relata que a gestão atual do município já retomou um recurso do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e afirmou que as obras só não estão em andamento no momento por causa do período de chuva, que dificulta a terraplanagem.

O presidente do DAE também explicou que a implantação de uma estação de 380 litros por segundo está andamento no município, que irá contemplar toda a população das sub-bacias 2 e 5, que atendem a pelo menos 49 bairros.

"Estamos fazendo tratativas com os condomínios novos para aumentar a capacidade e coletar e destinar os esgoto para essa estação nova estação Maringá. São ações que demandam tempo. a maior dificuldade hoje são os recursos", diz.

Carlos afirma que grandes influenciadoras são a inadimplência e as 25 mil ligações de água clandestinas existentes no município. O gestor afirma que também já estão sendo feitos trabalhos para que isso se resolva.

Capital

Enquanto isso, a capital Cuiabá está entre os 20 melhores índices de tratamento de água e de coleta de esgoto, além de ter sido a capital que, em média, mais investiu por habitante, com R$213,33 morador.

Segundo, o patamar nacional médio de investimentos anuais por habitante para a universalização, de acordo com dados do Plansab, é de aproximadamente R$113,30.





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