A Vale minimizou nesta sexta-feira o temor de que a planejada expansão de uma ferrovia na Amazônia prejudique a vulnerável tribo Awá. A ONG Survival International, líder na defesa dos direitos das tribos mundiais, divulgou ontem que os planos da empresa brasileira de ampliar a ferrovia "estão deixando em perigo direto a tribo mais ameaçada da Terra", que se opõe à expansão. "Os awá são contra o projeto. Dizem que aumentará o barulho, assustará os animais de que precisam para sobreviver e aumentará o número de invasores em sua floresta", destacou a ONG.
A Vale afirmou à AFP que o projeto ainda está na etapa de planejamento, e que a empresa mantém conversas com comunidades indígenas da área, como requer a Funai, para assegurar a autorização dos órgãos reguladores ambientais. "A Vale iniciou um diálogo respeitoso com a tribo, e o próximo passo será a discussão dos impactos positivos e negativos do projeto de expansão da ferrovia", assinalou a empresa. "Quando as comunidades indígenas tiverem as informações adequadas e suficientes sobre o projeto é que haverá a consulta final sobre o mesmo." A empresa é dona da mina de ferro Carajás, a maior do mundo.
Da mina, o minério de ferro é transportado para o porto de São Luís em comboios de 2km de comprimento. "A Vale quer expandir sua ferrovia para permitir que alguns dos maiores trens do mundo trafeguem simultaneamente nos dois sentidos, para aumentar a capacidade", apontou a Survival International.
A ONG acrescentou que a mina de Carajás e as ferrovias "devastaram a tribu Awá no começo dos anos 1980, abrindo sua terra para colonizadores, fazendeiros e lenhadores". Um estudo do governo brasileiro citado pela Survival International estima que pode haver "até 4.500 invasores, fazendeiros, lenhadores e colonizadores" ocupando um dos quatro territórios habitados pelos awá, cuja população total não supera 450 pessoas.
Em abril, a Survival International lançou uma campanha com o ator britânico Colin Firth pedindo o apoio da opinião pública para salvar os índios awá, cuja tribo considera a mais ameaçada do planeta. O Brasil abriga 77 tribos em isolamento voluntário, segundo a Funai. A população indígena representa menos de 1% dos 191 milhões de brasileiros, e ocupa 12% do território, principalmente na Amazônia.
A Vale afirmou à AFP que o projeto ainda está na etapa de planejamento, e que a empresa mantém conversas com comunidades indígenas da área, como requer a Funai, para assegurar a autorização dos órgãos reguladores ambientais. "A Vale iniciou um diálogo respeitoso com a tribo, e o próximo passo será a discussão dos impactos positivos e negativos do projeto de expansão da ferrovia", assinalou a empresa. "Quando as comunidades indígenas tiverem as informações adequadas e suficientes sobre o projeto é que haverá a consulta final sobre o mesmo." A empresa é dona da mina de ferro Carajás, a maior do mundo.
Da mina, o minério de ferro é transportado para o porto de São Luís em comboios de 2km de comprimento. "A Vale quer expandir sua ferrovia para permitir que alguns dos maiores trens do mundo trafeguem simultaneamente nos dois sentidos, para aumentar a capacidade", apontou a Survival International.
A ONG acrescentou que a mina de Carajás e as ferrovias "devastaram a tribu Awá no começo dos anos 1980, abrindo sua terra para colonizadores, fazendeiros e lenhadores". Um estudo do governo brasileiro citado pela Survival International estima que pode haver "até 4.500 invasores, fazendeiros, lenhadores e colonizadores" ocupando um dos quatro territórios habitados pelos awá, cuja população total não supera 450 pessoas.
Em abril, a Survival International lançou uma campanha com o ator britânico Colin Firth pedindo o apoio da opinião pública para salvar os índios awá, cuja tribo considera a mais ameaçada do planeta. O Brasil abriga 77 tribos em isolamento voluntário, segundo a Funai. A população indígena representa menos de 1% dos 191 milhões de brasileiros, e ocupa 12% do território, principalmente na Amazônia.
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