DISCIPLINA DE FACÇÃO
Comparsa de “Princesinha Macabra” é preso por decapitação em MT Os policiais também apreenderam arma e drogas com o homem investigado
Um jovem de 23 anos foi preso na quarta-feira (23) suspeito de envolvimento na decapitação de Gediano Aparecido da Silva, em Lucas do Rio Verde (a 331 quilômetros de Cuiabá).
A vítima, de 19 anos, foi executada de forma violenta no dia 26 de janeiro. Sua cabeça foi jogada em um saco ao lado de um contêiner de lixo no centro da cidade e o resto do corpo desovado no rio Piranhas.
O investigado tinha um mandado de prisão preventiva decretado pela Vara Criminal da Comarca de Lucas do Rio Verde, que foi cumprido em uma residência do Bairro Seiti Fuji 2.
O jovem, que atuava como disciplina de uma facção criminosa, é também investigado por outros homicídios ocorridos na cidade, a mando dessa mesma organização.
Durante o cumprimento do mandado de prisão, os policiais civis e militares o flagraram com uma arma de fogo, do tipo revólver calibre 32, além de porções de entorpecentes encontradas na residência. Na casa também foi apreendida uma motocicleta Honda NXR, produto de roubo que, conforme as investigações, foi receptada por ele.
Autuado em flagrante pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo, receptação e tráfico de drogas, também foi cumprido o mandado de prisão preventiva pelo homicídio de Gediano.
Depois dos procedimentos na Delegacia da Polícia Civil, o jovem encaminhado ao centro de detenção provisória de Lucas do Rio Verde.
Relembre o caso
Na manhã do dia 26, a cabeça de Gediano foi encontrada dentro de um saco, jogado em um contêiner de lixo, na Avenida Goiás.
Durante as diligências para esclarecer o crime, os policiais viram rastros de sangue às margens do rio Piranhas, a 15 quilômetros da cidade. O corpo decapitado foi visto submerso na água.
Na sequência da investigação, policiais conseguiram apurar o modelo e características do veículo utilizado para cometer o crime, assim como os envolvidos no homicídio.
Prisão que repercutiu
A prisão da jovem Nithiely Catarina Day Souza, conhecida como “Princesinha Macabra”, repercutiu nos noticiários do estado pela crueldade que ela demonstrou enquanto registrava a execução.
A jovem foi localizada em uma residência do Bairro Alvorada, utilizada como ponto de tráfico de drogas.
A "Princesinha Macabra" usou suas redes sociais nos últimos dias antes da prisão para debochar de uma possível prisão, demonstrando bastante tranquilidade nas imagens.
Em um vídeo publicado no Instagram, no qual utiliza o nome de Emanuely, ela responde a pergunta de um seguidor. O usuário diz: "Tá com o rabo entre as pernas com medo de ser presa". Nithiely, então, responde: "Olha minha preocupação", seguida de um biquinho com a boca.
No dia da prisão, ao ser retirada do camburão, a jovem não tentou sequer esconder o rosto em meio aos jornalistas que acompanharam a sua chegada na delegacia.
Ela se dirige ao interior da delegacia escoltada pelos militares que realizaram a prisão, e é possível perceber que a jovem permanece com a cabeça erguida durante todo o trajeto. Em determinado momento chega a encarar por alguns segundos uma pessoa que a filmava.
Inicialmente a jovem negou ter cometido o crime, mas conforme o delegado responsável pela investigação, Marcello Henrique Maidame, haveria elementos suficientes que a incriminam. "Acabei de conversar com ela e ela nega o crime. Mas as tatuagens que aparecem no vídeo e que ela possui por si só já mostram indícios”.
Conforme as investigações, a jovem também ocupava o cargo de disciplina da facção.
A Justiça determinou a quebra de sigilo dos dados armazenados nos aparelhos eletrônicos apreendidos com Nithiely após sua prisão.
A decisão é do juiz Hugo José Freitas da Silva, da 1º Vara Criminal de Lucas do Rio Verde.
Nas investigações, os policiais descobriram que a “Princesinha Macabra” foi responsável por orientar os comparsas e filmar o crime, cujas imagens foram parar nas redes sociais.
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