“POLÍTICA DO MAL”
Barranco: “O que nós temos no Brasil hoje precisa ser derrotado” Presidente do PT em MT não vê outro nome além de Lula para enfrentar Bolsonaro nas urnas
O presidente do PT em Mato Grosso, Valdir Barranco, defendeu que não há outro nome além do ex-presidente Lula para enfrentar o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) nas urnas. Para ele, o atual gestor faz uma “política do mal” no Brasil.
Ele ressaltou que o partido deve fazer o lançamento oficial da candidatura de Lula ainda em abril e que, apesar do ex-presidente ter manifestado em um momento a vontade de ter outro candidato do partido ao cargo, está descartada qualquer possibilidade do PT apelar para um plano B de última hora.
“Lula não vê nesse momento, e nós também não, alguém com a capacidade e adensamento eleitoral para derrotar o que está colocado aí: essa política do mal, do conservadorismo, da discriminação, do preconceito, da misoginia”, disse.
“Então, o que nós temos no Brasil hoje precisa ser derrotado e ele tem esse senso de responsabilidade”, completou.
Nesta semana, o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin – que por anos foi adversário de Lula – se filiou ao PSB, consolidando união do partido com o PT, onde deverá figurar como vice na chapa encabeçada pelo ex-presidente. Na ocasião, chegou a dizer que Lula representa a “esperança” para o Brasil.
A presença de Alckmin, e a federação com o PC do B e PV para garantir governabilidade, são pontos ressaltados por Barranco como garantias de que não há possibilidade de recuo do ex-presidente do desafio.
“Estamos confiantes de que ele vai ser candidato e vai vencer as eleições para que o Brasil volte a ser feliz de novo”, disse.
Palácio Paiaguás
Em Mato Grosso, o PT segue sem palanque para Lula. Apesar de defenderem a necessidade de ter uma candidatura que enfrente o governador Mauro Mendes (União Brasil) nas urnas, caso ele saia à reeleição, o partido ainda não tem perspectiva de um nome a ser lançado.
Conforme Barranco, a sigla não está concentrada apenas em nomes de dentro do próprio partido, mas avalia também apoiar algum outro candidato que se desponte no cenário estadual – desde que haja o compromisso de que o escolhido dê palanque exclusivo para Lula em Mato Grosso.
A candidatura do prefeito de Rondonópolis, José Carlos do Pátio (SD), chegou a ser cogitada pelo grupo – uma vez que ele lidera um movimento pró-Lula no Estado –, mas a possibilidade já foi praticamente descartada pelo próprio gestor, segundo Barranco.
“Ele disse que tem muita dificuldade com o vice dele, porque parece que ele não tem tanta simbiose. Não sei se ele não confia muito. Ele também quer concluir o mandato. Então, até o presente momento, ele descartou”, afirmou.
Segundo o petista, a sigla já tem outros nomes que se colocaram à disposição para o desafio.
“Tem o James Cabral, irmão do deputado Lúdio, que foi candidato a prefeito em Cáceres e que colocou o nome à disposição; o professor Domingos Sávio, da Adunemat. O PT tem várias lideranças que não querem deixar ter uma candidatura que não nos represente”, disse.
“Caso não sejam ao Governo, ao Senado, eles estarão nas chapas proporcionais a federal e estadual”, completou.
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