Destruição de reserva comove PF: "Pena de ver um negócio deste" Imagens fazem parte da Operação Onipresente, que atuou em três reservas indígenas no Estado

A destruição de reservas indígenas por garimpos ilegais comoveu um policial federal que atuou na Operação Onipresente, realizada neste mês no interior do Estado.

“Uma pena de ver um negócio desse”, afirmou o agente ao ver uma área que era totalmente verde agora toda marrom, devido ao escavamento da terra.

A operação da PF, realizada com apoio do Ibama, foi realizada durante 15 dias em 21 pontos na Terra Indígena Aripuanã, entre os municípios de Juína e Aripuanã (etnia Cinta Larga); na Terra Indígena Menkü no Município de Brasnorte (etnia Menķü); e no Parque Nacional do Xingu em Feliz Natal (etnia Ikpeng).

Um vídeo registrado em um dos garimpos mostra os policiais andando pela área de extração ilegal com dificuldade, por conta da terra estar em grande parte já escavada pela ação dos garimpeiros.

Em certo momento, durante a subida de um monte de terra, um policial cai e é ajudado por outro colega. A área do marrom do garimpo contrasta com as demais áreas verdes nos arredores.

Nas terras indígenas foram encontrados maquinários e em alguns casos os garimpeiros. Acampamentos com roupas, espaços para dormir e uma cozinha improvisada revelam que o grupo estava preparado para ficar muito tempo na região.

Durante a fiscalização, foram apreendidos documentos, celulares, sete escavadeiras hidráulicas, três caminhões, sete tratores, doze motocicletas e 30 motores estacionários utilizados na lavagem do solo, além da destruição de diversos acampamentos que davam suporte para realizar os crimes.

Veja vídeos: