Falsa mensagem contra Mendes partiu de celular de Popó, diz PC Fake news citou gravação clandestina de conversas com deputados no Palácio Paiaguás
As investigações da Polícia Civil, na Operação Fake News, encontraram indícios de que Marco Polo Pinheiro, o Popó, teria tido participação ativa no esquema de produção e disseminação de notícias falsas para denegrir adversários políticos do irmão Emanuel Pinheiro (MDB).
No inquérito, ele é apontado como "possível líder de associação criminosa", responsável pela fabricação e pulverização de fake news e arquivos digitais (fotos, vídeos, memes, textos apócrifos e outros), com conteúdo ofensivo contra agentes políticos, empresários e servidores públicos de Mato Grosso.
As investigações demonstraram que uma falsa mensagem, contra o Governo do Estado, partiu do celular de Popó.
Na mensagem de texto apócrifa, disseminada no WhatsApp, o governador Mauro Mendes (UB) foi acusado de fazer gravação ambiental clandestina de reuniões com deputados estaduais - sem o conhecimento destes.
De acordo com a Polícia Civil, a fake news disparada por Popó fazia uma advertência aos deputados: "Cuidado, ele vai explodir vocês".
O objetivo da mensagem falsa foi causar desconfiança e instabilidade entre a Assembleia e o Palácio Paiaguás.
Nela, o irmão de Emanuel e os demais indiciados diziam que a gravação foi feita com o auxílio de detetives particulares e com apoio do, à época, comandante-geral da Polícia Militar, Jonildo José de Assis; do tenente-Coronel "Dias"; do delegado-geral da Polícia Civil, Mário Dermeval Aravechia de Resende; e do delegado Eduardo Augusto de Paula Botelho.
Material apreendido durante buscas na Operação Fake News
Segundo o inquérito, as investigações concluíram, com dados técnicos e periciais, que não houve qualquer espécie de gravação ambiental clandestina de reuniões do governador com os deputados estaduais.
Crimes e indiciamentos
A Operação Fake News foi deflagrada no final de 2021 pela Delegacia Especializada de Crimes Informáticos de Crimes Informáticos (DRCI).
Marco Polo Pinheiro; os ex-servidores da Prefeitura de Cuiabá Luiz Augusto Vieira Silva e William Sidney Araújo de Moraes; e o jornalista Alexandré Aprá foram indiciados pelos crimes de injúria, calúnia, difamação, perseguição (todos na forma majorada), falsa identidade e associação criminosa.
Nas apurações, segundo a Polícia Civil, foram colhidos elementos informativos, em mais seis inquéritos policiais que estão em fase conclusiva, sendo possível estabelecer a conexão e coordenação entre os investigados.
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