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Saúde
Sexta - 08 de Abril de 2022 às 18:31
Por: Metrópoles

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O último levantamento do Observatório Covid-19 da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado nesta sexta-feira (8/4), aponta extinção da terceira onda de infecções provocadas pelo coronavírus no Brasil.

Segundo o boletim, pela primeira vez, desde o início da pandemia, nenhum estado superou a marca de 0,3 mortes por 100 mil habitantes. “Os novos dados permitem afirmar que a ‘terceira onda’ epidêmica no Brasil, com o predomínio da Ômicron entre os casos, está em fase extinção”, divulgou a organização.

Os números foram compilados entre o dias 20 de março e 2 de abril de 2022. Durante o período, 50,7% dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) tiveram resultado positivo para Covid. No momento mais crítico da pandemia, o índice era de 98%.

O levantamento também mostra que a taxa de letalidade por Covid, no decorrer do tempo, ficou próxima de 0,8%. No ano de 2021, a porcentagem oscilou entre 2% e 3%.

“A redução desse indicador, observada durante a terceira onda epidêmica, é atribuída principalmente à vacinação de grande parte da população-alvo e à menor gravidade da infecção pela Ômicron”, consta no boletim.

Apesar do cenário mais otimista, pesquisadores da instituição ressaltam que os dados não representam o fim da pandemia, e podem ser alterados com o possível surgimento de novas variantes mais letais ou que escapem da proteção das vacinas.

Os cientistas chamaram atenção para a aplicação da segunda e terceira dose de vacinas contra a Covid, especialmente nas regiões com baixa cobertura. O grupo ressaltou a importância da manutenção de medidas restritivas, como uso de máscaras em ambientes fechados.

Rejuvenescimento da pandemia

Os dados da Fiocruz também apontam um rejuvenescimento da pandemia, com redução da idade média dos óbitos e internações. De acordo com a fundação, a maior parte dos hospitalizados tem idade média menor que 60 anos.

Em relação ao número de mortes, metade dos casos foi registrada em vítimas com ao menos 74 anos de idade. A estatística aponta que a população mais idosa tem maior vulnerabilidade.

“Ainda quanto aos óbitos, o estudo mostra que a variabilidade em torno da idade média aumentou durante esta fase da pandemia. Ao mesmo tempo em que casos graves e fatais estão mais concentrados nas idades mais avançadas, cresce a contribuição de grupos mais jovens, principalmente de crianças, no total do número de casos”, aponta o boletim.





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