CDL estima crescimento de até 4% nas vendas da Páscoa em Cuiabá No período, famílias vivenciam tradição com encontros que envolvem devoção e comemoração
Tradicionalmente, a Páscoa é comemorada e celebrada como uma data religiosa.
Conforme a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL Cuiabá), as vendas em 2022 devem ter um aumento real próximo a 4%, quando comparado com o mesmo período de 2021.
Neste período, muitas famílias vivenciam essa tradição com encontros que envolvem devoção e comemoração.
Para a economia existe uma movimentação positiva, pois o consumo de determinados produtos aumenta.
No geral, a data fica entre as seis melhores do ano em vendas e para algumas empresas chega a ser um "segundo natal", principalmente as que trabalham especificamente com chocolates e pescados.
Em análise realizada pelo Núcleo de Inteligência de Mercado da CDL, é esperado que 78% dos mato-grossenses celebrem a Páscoa.
O principal motivo para que isso ocorra, segundo o superintendente da CDL Cuiabá, Fábio Granja, é o avanço da vacinação e a queda do número de casos de Covid-19.
"A tendência é que a data volte a ser compartilhada normalmente pelas famílias e amigos, que poderão se reunir em segurança para as festividades da Semana Santa, depois de dois anos de restrições impostas pela pandemia", diz.
Com a inflação em alta, a capacidade de consumo do brasileiro foi reduzida nestes últimos dois anos, porém, mesmo com este cenário, existe a tendência de aumento do consumo, assim como ocorreu em todas as datas comemorativas de 2021.
Os supermercados e afins terão um aumento no volume de vendas em diversos produtos, além do chocolate e pescado, ocorrerá um aumento importante nas vendas de bebidas e outros itens alimentícios que complementam a mesa de comemoração.
Porém, diversos setores serão movimentados, levando em conta que grande parte da população comemora a data de diversas maneiras, realizando compras em lojas de diversos segmentos, como floriculturas, padarias, papelarias, e também abrindo espaço para restaurantes, comércios e eventos em demais ambientes comerciais.
Essa movimentação amplia as possibilidades em relação às festividades, e juntamente, dinamiza os setores que serão aquecidos pelo aumento de vendas.
O Núcleo de Inteligência de Mercado da CDL estima que 41% dos mato-grossenses comemorarão a data em casa com amigos e familiares, outros 6% aproveitarão o feriado para viajar e 61% trocarão presentes através de brincadeiras, como a de amigo secreto.
Dos que presentearão, a estimativa é que o valor médio fique próximo a R$ 132,00, já o valor do investimento total para as comemorações poderá chegar, em média, a R$ 195,00.
"A páscoa promete movimentar também o mercado de fabricação caseira de ovos de chocolates que a cada ano ganha mais destaque. Para este ano o percentual de pessoas que estarão consumindo estes itens passará de 20%", diz Granja, que afirma ainda, que "as empresas estão preparadas. Procuraram divulgar mais cedo, reforçaram os seus estoques, capacitaram as suas equipes, prepararam kits atrativos e estabeleceram metas para superarem o ano anterior, além disso, as vendas estão mais inteligentes, com diversos canais de comunicação que podem atrair clientes”.
NO PAÍS - A comemoração, que neste ano será no dia 17 de abril, já está há meses movimentando as fábricas de chocolates que festejam bons números e se mantêm otimistas.
Em nível nacional, a expectativa é crescer acima de 10% quando comparado com o ano anterior.
Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (ABICAB), a produção do chocolate teve início em setembro de 2021 e conseguiu gerar aproximadamente 8.500 empregos temporários em todo o Brasil.
Com um bom planejamento já entregaram aproximadamente 90% dos pedidos e com isso o impacto recente nos preços causados pela alta do petróleo não impactará ainda mais os preços dos chocolates para a Páscoa.
O comércio tem se preparado desde o início de fevereiro de 2022.
Com o cancelamento do carnaval, o foco ficou direcionado para a Páscoa e as expectativas são também positivas.
Para o superintendente da Fecomércio/MT, Igor Cunha, o reflexo no aumento dos preços dos produtos está relacionado à variação positiva do petróleo e ao crescimento dos custos de produção dos alimentos. “
A alta da inflação nos alimentos e no combustível acaba atingindo diretamente o consumidor final, diminuindo em muito o poder de compra das famílias”.
Os valores obtidos pelo IPF são referentes a quantidade de uma compra mensal para uma família de três a quatro pessoas.
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