Delegacia monitora suspeitos e intensifica combate à fake news
Quem fabrica fake news e aquelas que as disseminam serão penalizadas pelo crime. Em ano eleitoral, a Delegacia de Repressão a Crimes Informáticos (DRCI) já monitora possíveis suspeitos de compartilhar notícias falsas e intensifica os trabalhos de repressão aos atos e ataques criminosos.
Ruy Guilherme Peral, titular da delegacia, afirma que muitas pessoas ainda acham que por não terem criado a fake News podem compartilhar o conteúdo livremente, sem qualquer penalidade. Mas isso é um erro, quem fabrica e quem compartilha podem ser condenadas e não ficarão escondidas no ambiente virtual.
“Ela irá responder também pela disseminação de notícias falsas, calúnia e injuria. Não só quem fabrica, mas quem compartilha. Se receber esses conteúdo no seu celular, não passe adiante”, alerta do policial.
Em ano eleitoral, o policial pontua que dois crimes ocorrem com mais frequência: calúnia e injúria.
A calúnia consiste em atribuir fato a tal pessoa, mesmo sabendo que ela não cometeu. Como dizer que o alvo roubou tal quantia em dinheiro. Injúria é referente a acusações contra a honra da pessoa, como dizer que o alvo é ladrão.
“Já estamos com ações de combate à fake news e este ano vamos intensificar os trabalhos investigativos. Já está sendo feito monitoramento prévio de possíveis suspeitos. Monitorando redes sociais, caso essas pessoas compartilhem fake news, a repressão será mais firme e direta. Já estamos antevendo um cenário que pode surgir”, afirma o policial.
De acordo com o delegado, a penalidade para crimes virtuais é maior do que o ocorrido fora dele. Os aplicativos e sites de redes sociais têm colaborado com a polícia para identificar as informações falsas e quem está por trás delas, seja produzindo ou disseminando.
“Depende da fake news, mas pode chegar até a 6 anos. Crime contra a honra praticado pelas redes sociais, a pena é triplicada”, destaca.
As eleições deste ano ocorrem em 2 de outubro e os brasileiros irão escolher deputados estaduais e federais, senadores, governadores e presidente.
O prazo para regularizar o título é 2 de maio e todo o processo pode ser feito online, pelo site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
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