Cuiabá está à beira do caos com falta de centenas de médicos
Secretaria Municipal de Saúde (SMS) admite está próximo de um colapso na prestação de serviços à população devido ao reduzido número de médicos nas escalas de plantões e no atendimento ambulatoriais nas atenções primária, secundária e terciária.
O alerta sobre os furos nas escalas foi feito pelo Sindicato dos Médicos na segunda-feira (18). Também é constante a reclamação da população sobre a falta de médicos em postos de saúde, UPAs e policlínicas.
Secretaria explica que realizou um processo seletivo simplificado em janeiro deste ano para médicos com 414 vagas imediatas, sendo 300 vagas para clínico geral e as demais distribuídas pelas diversas especialidades médicas. “Passaram no processo seletivo apenas 88 médicos, sendo 75 clínicos gerais e 13 médicos especialistas. Destes 88 médicos classificados, assumiram os cargos apenas 50 clínicos gerais e 5 médicos especialistas. Contudo, dos 55 médicos que assumiram, 30 já faziam parte do quadro da SMS como contratados, e somente mudaram o vínculo para seletistas após o certame. Na prática, recebemos apenas 25 novos médicos na rede por meio do processo seletivo”, revela a secretária de Saúde, Suelen Alliend.
Devido ao fracasso no processo seletivo e o impedimento de novas contratações temporárias, a quantidade de profissionais está diminuindo a cada dia. “Por falta de equipe médica, houve a necessidade de bloquear 10 leitos de UTI no Hospital Pronto-Socorro de Cuiabá”, comenta Suelen.
De acordo com a secretária, o edital de um novo processo seletivo simplificado já está pronto, e deverá ser publicado no Diário Oficial do Município em breve. “Vamos realizar um novo certame para preenchimento das vagas sobressalentes. Mas é um processo que vai levar no mínimo 60 dias até começarmos a chamar os aprovados. Durante esse tempo teremos grandes dificuldades no atendimento médico. Decidimos fazer este alerta, para que possamos encontrar um meio junto à Justiça de evitar que o colapso por falta de profissionais aconteça na saúde pública municipal”, adverte.
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